sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Educação III: Entrevista com Educadora

Boa noite escassos leitores do meu blog!

Hoje vou fazer uma coisa um pouco diferente do padrão. Não vou criticar ninguém, não vou falar mal, nem fazer fofoca. Vou fazer uma entrevista. Se vocês gostaram de Entrevista com vampiro, vão gostar dessa também.

Vou entrevistar uma pessoa ligada à educação há muito, MUITO tempo. Abaixo, a transcrição das perguntas e respostas, na íntegra:

[eu]: Há quantos anos você está ligada à educação?

[educadora]: Desde 1981, isso dá três décadas.

[eu]: Como começou?

[educadora]: Para me sustentar na faculdade. Dava aulas no Anglo de Bauru, professora de biologia nas frentes de genética e citologia.

[eu]: E onde trabalha agora?

[educadora]: Escola Estadual Ângelo Campo Dall'Orto - Sumaré -SP; comecei bem e me fodi legal! Sou professora de ciências, matemática e biologia.

[eu]: Há quanto tempo dá aulas nesta escola?

[educadora]: 23 anos

[eu]: E como foi parar nesta escola?

[educadora]: Designação da Diretoria de Ensino, me efetivando em 1991 por concurso público.

[eu]: Está satisfeita com seu cargo? Por que?

[educadora]: Em termos; as condições são precárias, apesar de todo investimento do governo, porque a estrutura social está falida, e o modelo escolar também.

[eu]: Explique melhor esses dois aspectos, por favor.

[educadora]: A escola, historicamente, não era feita para todos. Hoje, todo indivíduo TEM que estar na escola, mesmo que não queira - por uma questão legal. Se antes as pessoas estavam na escola para estudar, hoje estão por obrigação - é bem diferente o querer do ser obrigado.
Nós temos diversos meios de aquisição de conhecimento, atualmente, e a escola não consegue administrar todo o conhecimento e transferi-lo, daí uma necessidade de mudança do conceito ou dos padrões de uma escola. Hoje ela (escola) serve como um meio onde se tenta fazer a inclusão social, que na realidade não acontece.
As escolas particulares são uma terceirização da educação que os pais não dão; então morreram o bom senso, a responsabilidade da família, a responsabilidade social dos governantes e isso precisa mudar.
A escola tem que servir de pólo para que o indivíduo possa encontrar os caminhos para adquirir o conhecimento, e não como mero reprodutor do conhecimento, o que a torna defasada e inoperante


[eu]: Você disse sobre inclusão social. Em que aspecto? De deficientes? De diferentes realidades?

[educadora]: De culturas diferentes, tradições diferentes, na maioria da classe baixa, como engodo, querendo mostrar que eles poderão, através de uma escola, que não atende às suas necessidades, possa ascender socialmente.



[eu]: Ensinando a ciência, há quais tipos de empecilho ao ensino?

[educadora]: Puta! São tantos! Em primeiro lugar a ignorância do discente sobre a necessidade do aprendizado, que é comum à todas as disciplinas; segundo lugar, colegas mal-preparados. Terceiro: a desvalorização do professor. A falta de ambiente físico adequado, número muito grande de alunos por sala de aula, falta da presença dos pais e da comunidade, e a falta de pré-requisitos dos alunos, provocados por demandas sociais, tornando a situação ensino-aprendizagem impotente.



[eu]: Como sente que a sociedade encara o professor, hoje em dia, visto que outrora era tomado como uma profissão muito respeitada, agora tão pouco?

[educadora]: Infelizmente, como uma boa parte dos professores realmente é; um indivíduo com baixa-auto-estima, péssima formação e desmotivado, com medo de mudanças.
Isso não foi gerado pelos professores, mas pela própria sociedade que ao longo dos anos deixou de honrar aquilo que a formou, por questões históricas, econômicas, políticas e sociais. Mas há ainda uma resistência, dentro do próprio professorado que luta e acredita em uma mudança, inclusive se dispondo a fazer apesar de todos.



[eu] E como o professor vê a sociedade?

[educadora] Como um filho que renega suas raízes. E tomba ante a estrutura social, exatamente por não ter alicerce onde se fixar.



[eu]: Quais as diferenças mais marcantes entre o ensino público e o privado? E como isso se estende às universidades?

[educadora]: Bom, o valor dado ao conhecimento, pela família. No caso das escolas particulares, a grande maioria exige que seus filhos, além de serem educados socialmente (o que os pais deveriam fazer), seja suprido de todos os conhecimentos, independente da sua vontade. Na escola pública, a função delegada pela comunidade é a de 'cuidadora'/'protetora', onde os pais não sabem para onde ir, nem como educar seus filhos, então pedem socorro, muitas vezes acusando à escola pelos que eles não conseguiram fazer, por falta de estrutura (psicológica, social, econômica). Sendo generalista nos dois casos.
Ao final, infelizmente, aqueles que passaram por escolas particulares, e foram obrigados a engolir o conhecimento, entram em universidades e começam a demonstrar o desrespeito às demais camadas sociais, situando-se como os detentores do saber e do "tudo pode", enquanto os alunos da rede pública ou já desistiram (em sua maioria), e vão para sub-empregos ou despertam e tentam fazer uma universidade particular trabalhando e estudando, com muita dificuldade.


[eu]: Qual sua opinião sobre esse aumento do número de faculdades, na grande maioria particulares?

[educadora]: Tem um lado péssimo, que é a má qualidade de ensino, porém é uma das únicas formas que algumas pessoas tem de ascender socialmente.





[eu]: Quais são suas expectativas para os próximos, vamos dizer, 5-10 anos?

[educadora]: Com certeza a educação passará por uma grande mudança. Não creio que a tão curto prazo, mas já começa a se delinear alguns novos caminhos, com o uso de tecnologias novas e com um relacionamento diferente entre gestores, professores e alunos, onde quero crer que se fará uma equidade - cada um compartilhando o que tem. Quanto tempo vai demorar isso? Só por *insira a divindade*. Eu também nunca acreditei que o governo militar seria derrubado, ou que um operário chegasse ao poder no país, ou ainda que pagássemos a dívida do FMI. Claro, nosso país é ainda um país corrupto, historicamente, e isso não muda do dia para a noite, mas as mudanças ocorridas nos últimos 30 anos me dá um alento e esperança de mudanças futuras.



[eu]: Se pudesse reformular todo o contexto social acerca da educação, como acha que deveria ser feito?

[educadora]: Da forma que eu acredito que deverá ser no futuro. O professor apenas como um indicador de caminhos, compartilhando conhecimento com seus alunos e vice-versa. Para isso, teríamos que derrubar o sistema escolar vigente.

[eu]: Muito obrigado, boa noite.



Bem, essas foram as palavras da minha mãe, que nasceu 1960, e a ditadura foi vida, não história. Lutou contra ela, correu risco de ser apanhada, era participante do diretório acadêmico da faculdade e participava de reuniões do partido liberdade e luta, partido Trotskista (LIBELU), na década de 80. Fazia parte do movimento estudantil e sempre esteve muito ligada a causas sociais, desde que me entendo por gente. Amada por seus alunos e servindo como uma lâmpada (e não como uma lanterna que só aponta um rumo).

Viram as expectativas de minha mamãe? É bom que me ajudem nisso, senão vocês vão ver!!! :D

Se quiserem mais perguntas, podem fazer que eu encaminho para minha mãe e respondo em próximas postagens!

Boa noite, feliz 2012.

Ouviram quais as expectativas





segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sou cúmplice de uma série de assassinatos.

Boa noite meus escassos leitores, se ainda há alguém por aqui.

Peço desculpas pela demora para aparecer por aqui, mas - se leem isso aqui é porque são meus amigos (acho que o público se limita a meus amigos mesmo, que leem por dó :D ) - estive ocupado trabalhando e semestre da graduação, mas agora chegaram as férias \o/

Ficou longo e ruim, mas espero que leiam.

Vim aqui confessar que sou cúmplice de um homicídio. Talvez de mais de um. E de maus tratos a animais, e assassinato de animais. E desmatamento, genocídio de alguns povos. Como isso? Todos aqui me conhecem, certo? Sabem como vivo, até porque conto demais as coisas. A resposta é: sendo quem eu sou.

Eu estudo em uma universidade pública, desfruto de seus benefícios. Consumo energia elétrica, como alimentos industrializados, tenho uma geladeira em casa, uso computador... São algumas coisas comuns. E como eu me tornei cúmplice? Fácil. Tomei ciência do que ocorre à minha volta. Me tornei cúmplice dessa sociedade que mata.

Vamos começar a chutar o balde então, e falar o que eu quero mesmo.

POXA VIDA, gente! Matam o pobre Yorkshire! À porradas!! Que dó. ¬¬
Mas o que difere a coisinha "pululenta" do Yorkshire daquele vira latas que foi enterrado vivo, por 12h? Será que ele não morreu também? E do outro cachorrinho que teve sua cabeça ensacada com sacola do supermercado e foi arrastado por 500m? Outro que está quase morto. Mas machucar um cachorro bonitinho causa comoção, matar cachorro feio "não fez nada demais, já estava sarnento, magro, não ia conseguir viver direito mesmo - assim para de sofrer" (de verdade, espero que não existam pessoas com esse raciocínio).

É uma lógica similar ao que acontece com pessoas... Morreu o pedreiro José, esfaqueado depois de sair do banco com seu pagamento. Morre e deixa 3 filhos com menos de 10 anos e esposa; "ninguém mandou ter tanto filho" ou "ah, que pena"; e amanhã ninguém lembra mais do caso, vira estatística. Agora morre o garoto rico, que reagiu durante o assalto e pronto! Vai para o Fantástico; surgem dezenas de revistas e jornais trazendo a tona a violência no país e fazem protestos com o rosto do rapaz estampado em camisetas. Pior ainda se o morto fosse o pai. "Morre depois de reagir assalto o empresário José; deixa 2 filhos, uma menina de 14 e um universitário de 19 anos". Nem preciso citar a repercussão. Ou preciso lembrar o escândalo que foi o roubo do Rolex de Luciano Huck?

Mas isso são casos isolados. Vamos a generalidade.
As pessoas morrem, é natural. O problema é como elas morrem. Pode ser morte natural, morte matada, morte por doença - assim como os bichinhos (e vou insistir nos animaizinhos, porque parece que as pessoas se importam mais com animais do que com outras pessoas, então - se é dessas pessoas, use os próximos argumentos pensando num yorkshire sofrendo as circunstâncias). Existe, em nosso país, algo relativamente raro no mundo - o SUS, Sistema Único de Saúde, que oferece atendimentos e tratamentos gratuitos a qualquer cidadão do país, claro, a custo de muita espera. Muitos morrem antes de começarem o tratamento, ou antes de serem atendidos. E sabe uma coisa ainda mais assustadora? Essa demora e a má qualidade do atendimento pode piorar, e muito. Já ouviram falar da DRU? Desvinculação de Receitas da União. O dinheiro dos contribuintes arrecadado pelo Estado tem o nome de Receita da União.

O que significa o D dessa joça? O que é essa tal desvinculação? Antigamente, na época que provavelmente você leitor não se entendia por gente direito, até a genial implementação do Plano Real, a inflação comia solta aqui no país, e era mais tranquilo liquidar dívidas internas. E mais inflação nos leva a menos juros. É uma balança. Agora os juros estão altos e a inflação caiu, assim como no começo do plano Real. Acontece que houve uma proposta, em 2000, para que as verbas fossem distribuídas de acordo com o proposto. Esse acordo morre agora em dezembro de 2011, junto com o ano. 20% da verba total do país pode ser realocada da maneira que bem entenderem. Não sou alguém que entende de leis, mas me parece ligeiramente anticonstitucional pegar milhões e mais milhões de reais e tirar da saúde e da educação, por exemplo, para construção de estádios ou aplicar naquele projeto que parece meio torto de construir uma rodovia, ou de enviar remédios caros para regiões onde a incidência da doença é mínima e a quantidade do medicamento é exorbitante - e olha que acaba nem chegando a carga!

Mas tem gente preocupada com o aumento do salário dos vereadores de Campinas, que vão ganhar uns 15 mil por mês. Não gerará ônus ao município, pois a verba tá sendo deduzida de seus gabinetes. Na prática a mudança é zero, mas a galera se sente ofendida com tal aumento. Eu também fico puto de pessoas tão pouco preparadas e mal educadas (não de grosseria, mas sim de pouca noção cultural) ganharem tão bem, enquanto eu me mato estudando e trabalhando para ganhar menos de mil reais por mês, mas as pessoas tiveram tempo de se mobilizar antes do projeto ir à votação, mas aguardaram e partiram pro alarde. É melhor que nada, mas dá pra melhorar.

É bacana pensar nisso, né? É como entregar o dinheiro para nossos representantes usarem como quiserem. E é lógico que alguns setores essenciais sairão prejudicados. O SUS terá menos verbas. Mais gente vai morrer. Mas que diferença faz, não é cachorro mesmo. Quem usa o SUS é só pobre, só mendigo, não é mesmo? Tenho nojo se pensa assim. Certa vez meu pai foi atropelado, teve os ossos do braço direito moídos, e foi muito bem atendido pelo SUS. Um médico fez um trabalho incrível, mesmo com poucos recursos, e evitou que ele tivesse que fazer cirurgia para colocar pinos de platina. E eu não sou mendigo, tenho onde morar e o que comer.

Também, quando acontecem acidentes graves, os melhores hospitais para urgências e emergências são atendidos pelo SUS, e quem já teve que passar por situações difíceis, ou familiares, sabe a importância do SUS, tenho certeza.

E vamos falar sobre o novo código florestal, que vai permitir a criação de muitas áreas de agropecuária? Desmatamento comendo solto. Mas isso é ecochatíce, como Belo Monte, e tem uma galera aí que não se importa muito. Pode-se melhorar e muito a agropecuária do país, utilizando muito menos espaço, dando mais área ao verde - só com o aprimoramento da tecnologia, que depende da melhoria da pesquisa; mas isso a gente conversa mais para frente.

Outras áreas que podem ser prejudicadas:
Esportes: os esportistas brasileiros já quase não recebem apoio do país, tem dificuldade para obter recursos para treinamento, materiais para o esporte, local para treino, treinadores; são privados de participar de competições por não terem dinheiro para viagens, e a verba destinada aos esportes, que já era mínima, ficou ainda mais escassa com o fim do apoio financeiro às ONGs que davam patrocínio aos atletas, por conta de corrupção de um brother ou outro aí. Imagina se a verba foi ainda mais reduzida... As olimpíadas em 2016 não vão ter atletas brasileiros. Aí a coisa fica tensa, né? Mas não importa acabar com o sonho de pessoas que seriam capazes de trazer orgulho pela nação.
Educação: Já repararam no nível do ensino brasileiro? Preciso citar as taxas de analfabetismo? Ahhhh elas reduziram nos últimos anos - se você considerar uma pessoa alfabetizada àquela que sabe escrever o próprio nome. Analfabetos funcionais são maioria. E uma pessoa analfabeta fica relativamente privada de obter acesso à cultura. País vizinho, a Argentina, tem algo em torno de 30x mais bibliotecas que aqui, em números absolutos, com uma população BEM menor que a nossa. Seria bacana ter brasileiro cada vez menos educados, né? ¬¬
Projetos sociais: vai, critica mesmo o bolsa família, chama de bolsa esmola. Critica o fato do dinheiro ser distribuído desta maneira. Mas preciso lembrar que foi esse dinheiro injetado nas camadas mais pobres da população que aqueceu a economia, aumentando o consumo interno e prejudicando o Brasil a sobreviver à última crise financeira com pouco estrago? Olha o resultado da última crise, refletindo agora, na Europa, que estão prestes a abandonar o Euro e dar fim numa das maiores evoluções da economia mundial recente. Além de ajudar algumas famílias a ter comida à mesa, famílias que com certeza comiam menos que alguns yorkshires por aí.
Só para trazer uma noção bem superficial do que pode vir a acontecer, isso sem embrenhar em economia porque eu não saberia dissertar a respeito com destreza.

Mas, como disse Mahatma Gandhi: "A grandeza de uma nação pode ser vista pelo modo com que seus animais são tratados". Acho que é bem conveniente dizer isso agora. Talvez alguns se achem engajados por estarem preocupados com a morte do cachorrinho lá. A verdade é que não estão. Só demonstraram revolta porque viram a um vídeo chocante; funcionam assim: viram algo que os choca, alguém deu um grito 'bonito', pareceu 'justo' na política do olho por olho, dente por dente e PRONTO! Escândalo armado. E o pior: disseminam o tal vídeo. No meu mundo, violência costuma disseminar mais violência, mas se acham que isso é conscientizar... Sem falar nas postagens no orkut-book que o facebook virou, dizendo para matar a mulher. Ela já está condenada à justiça. Mas se querem ser mais soberanos que a justiça nacional, boa sorte.
E começam a parecer uma grande e boba massa de manobra. Se revoltaram com a conduta da mulher? O mínimo que deviam fazer era manifestar a própria opinião. Transmitir aos outros suas verdades e seu ponto de vista, não uma corrente que para mim não tem sentido algum.

Mas já é um bom começo, ver que as pessoas podem se manifestar para alguma coisa, em grupo. É o início de um movimento social. Mas ainda falta abrir os olhos.

O que esse país precisa, esse mundo, são cidadãos conscientes, por si sós. Assim que nós nos tornemos cidadãos de fato, os crimes serão sensivelmente reduzidos e nossos representantes serão idôneos. Utopia onde problemas tendem a zero.

E como começar esse processo de "cidadanização"? Devem, as pessoas que vêem mais longe, mostrar aos outros o caminho. Agir não como um farol que aponta apenas um rumo, mas sim como uma lâmpada, posta no teto, que ilumina em todas as direções.

E para agradar à galera católica, evangélica, ou de qualquer religião que use a bíblia (peço desculpas a meus amigos Mórmons, Budistas, Hindus, Islâmicos, Judeus - já que o texto que extrairei é do novo testamento): Peguem aí e abram em Marcos, cap. 11: é a passagem onde o Brother vai seeeeco numa figueira cheia de folhas, toda frondosa e quando vai caçar um figo, para comer, vê que só há folhas. Então o Brother, decerto irritado, diz que ninguém mais comerá figo daquela figueira, e ela seca. Quanto olho gordo e quanta zica! Mas, peço perdão aos ateus pela pregação, o importante é a lógica por trás disso: para quem não sabe, uma figueira quando dá muita folha e não dá fruto, está prestes a morrer.

Não to aqui para ser essa figueira, com o perdão da metáfora. Não quero só falar bonito.

Proponho que, se alguém concorda ou discorda de mim, demonstre sua opinião. Pode ser por aqui, pode ser pelo meu facebook ( http://www.facebook.com/Voudzz ), ou pelo meu msn (voodoo_magus@hotmail.com) e exponha sua opinião.
Quero que as pessoas que iluminem apareçam por aqui, quero propor um encontro 'filosófico', regado à diversão, para que possamos nos confrontar ou nos apoiar, para que possamos deixar de ser cúmplices de tanta violência com pessoas. E animais. E a natureza. E Yorkshires.

sábado, 29 de janeiro de 2011

A Globalização

Queridos leitores...
De volta a escrever estou; percebi que não houve muito interesse em minha abordagem sobre educação, e acho que os tópicos estão demasiadamente grandes, então mudarei o enfoque e a maneira de dispor meus pensamentos aqui. Tratarei de maneira mais sucinta, abreviando os textos ou escrevendo-os em partes pequenas.

Hoje gostaria de tocar em um assunto que muitos já tem críticas prontas, e provavelmente seguem a mesma linha de raciocínio. Vamos conversar sobre globalização.

Pra começo de conversa anexarei um vídeo-clip de uma banda que poucas pessoas gostam; é uma ótima síntese sobre meu pensar. Vejam:

   Primeiramente, vamos tentar entender como aconteceu a globalização...(Sucintamente, Otávio... SUCINTAMENTE, OK?):

  O surgimento de um esboço da globalização pode ter vindo com os gregos, que por onde passavam, instituiam sua cultura, porém permitiam a cultura local de continuar viva, só inseriam alguns valores, de maneira a tornar possível governar todo o império que se expandia.

  Esse domínio tornou-se dificultado, conforme a população tinha acesso à conhecimento, principalmente pós-iluminismo e sua abertura ao saber. Com a imprensa, mais uma vez, o conhecimento pôde ser espalhado. Mas ao mesmo tempo, foi uma faca de dois gumes, já que algumas idéias, como a eugenia, passaram a ser amplamente divulgadas. A questão é: o desenvolvimento da imprensa permitiu que muitos expusessem suas idéias. Acontece que quem tinha a maior possibilidade de fazer suas ideias circularem eram os mais ricos, os mais possibilitados.

   O mundo evoluiu em tecnologia, e a imprensa se tornou uma das maiores armas internacionais, tendo força suficiente para estabelecer ou parar guerras. Assim, aquele país com maior poderio econômico, passou a modificar a seu bel-prazer as informações e pontos de vista.
  Logo notou-se  necessidade de uma união, global, para que prioridades fossem estabelecidas, como o cuidado com o meio ambiente e um comércio internacional mais regrado, melhor empregado, alavancando o desenvolvimento de todas as nações. Essa união, a priori, era somente com a intenção dessa alavancada, mas logo nota-se que as nações dominantes, que ditam as regras do mercado internacional, passaram a impor seu modo de vida. "American way of life" - todo o mundo o adotou. Os EUA, potência desde o final da primeira guerra, aumentando seu poderio ainda mais pós segunda guerra, implementou de maneira vigorosa seu estilo de vida ao mundo todo, forçando um consumo demasiado de bens, com desvalorização de bens de média duração, como computadores, celulares, carros, (...).

   E pra terminar, já que estou sendo BEM sucinto (detesto o fato de não poder construir minhas ideias, sem poder dar nexo ao texto, mas meus leitores desaprovam postagens longas....), deixo o pensamento: até quando vamos permitir a "americanização" do mundo? Até quando vamos deturpar nosso modo de vida? Até quando vamos viver numa realidade que não é a nossa?


Espero que as visitas aumentem...
E se reclamarem que o texto ficou fraco, vou ficar emputecido, ok? Culpa de vocês que deixaram de acessar o blog!!!! >.<

domingo, 23 de janeiro de 2011

Educação II: Corpo Docente I: História e desvalorização;

   Boa tarde aos amigos leitores. Peço desculpas pela demora para realizar nova postagem, mas me ausentava pela segunda fase do vestibular e por uma viagem à casa de um grande amigo.

  Hoje resolvi continuar na temática "educação", me voltando a primeira discussão sobre o corpo docente. Como disse nossa nova presidentA (como ela prefere ser chamada, e não de A presidentE) disse, em seu discurso de posse, que "(...)os professores são os verdadeiros especialistas em educação(...)". Sem delongas, estou de total acordo, então vamos discutir um pouco sobre o professorado.
   Devo frisar que comentarei apenas a história OCIDENTAL nessa postagem, ok?

  Como meus camaradas leitores provavelmente são estudantes - ou pessoas já estudadas, ou até mesmo professores - creio que podemos todos opinar a partir de nosso empirismo, certo?

  Ao longo dos tempos (digamos eras, séculos) a profissão "professor" veio se alterando, bem como sua visão dentro da sociedade. Há muito tempo atrás eram poucos os capacitados a passar o ensinamento; os pais repassavam seu ofício aos filhos, sendo assim muito difícil a transição de classe social. Alfabetizados? Apenas membros da nobreza ou clero (isso quando a nobreza sabia...). Vimos que, por exemplo, os escribas, no Egito antigo, que podemos considerar como uma mescla de advogados e professores, gozavam de elevada posição social, eram tidos como os verdadeiros poderosos, bem como os filósofos tinham seus discípulos, e eram os "seres mais importantes da grécia".

  Com o passar do tempo, vemos que o professorado passou a sofrer mudanças. Dentro da igreja católica, da alta idade média (vamos ver se todos aprenderam direitinho... a alta idade média acaba com a queda de que império??? Espero resposta nos comentários (y)  ), dividida claramente entre membros do clero provenientes da alta sociedade (nobreza) e da classe baixa (maioria esmagadora, como ainda é, infelizmente...). Os membros do "baixo clero" (provindos da classe baixa) tinham instruções mínimas, enquanto os membros do alto clero, detentores de praticamente todo o conhecimento formal da época, eram ensinados pelos membros mais importantes do clero; portanto, vemos os professores aqui como uma "classe social" de altíssimo prestígio, mais uma vez.
   Logo, tivemos a queda do império (respondam vocês...), e o início da baixa idade média. Embora essa divisão não seja exatamente factual, vamos nos utilizar dela para demonstrar o surgimento de uma nova classe social, a burguesia. Houve um certo declínio no poder da Igreja, pilar do "mundo civilizado euro-ocidental", e  essa nova classe social, formada por outrora simples camponeses, começou a se fortalecer, pela expansão e aumento de importância que as cidades começaram a ter no cenário europeu.
  Os então burgueses, por não serem considerados nobres, buscavam tal refino, que séculos de domínio sobre eles, impedia que a cultura transmitida por seus pais tivesse sofisticação, buscavam entrar na nobreza, por casamentos com membros desta, e os nobres, em posição decadente, pela perda de bens sucessiva, decorrente da mudança da economia transitória, buscavam o dinheiro dos burgueses. Mas algo dificultava essa ligação; a própria cultura. Temos aí os professores como uma classe determinante na direção tomada pela civilização, agregando conhecimento à burguesia, e estabelecendo novos padrões sociais.

  Chegou então o período conhecido como Renascimento, onde tivemos verdadeiros gênios (espero que citem uns dois ou três nos comentários, camaradas ^^) responsáveis pelo estudo da anatomia humana, pelo aprimoramento da tecnologia (até novos conhecimentos de como construir pontes melhores - que melhorou significativamente o transporte, por consequência o comércio e a troca de cultura e conhecimento...), desenvolvimento da física clássica, aprimoramento das artes plásticas (enunciemos "La Gioconda" - quem disser o nome mais famoso dela ganha um prêmio; e "O Pensador" - quem foi seu escultor?), entre N outros ramos.  Com o renascimento, houve uma ploriferação do conhecimento, onde surgiram alguns sábios que tinham uma função semelhante aos filósofos na história antiga, porém não gozavam do prestígio da história antiga, como os filósofos. Assim surgiram professores quase como os conhecemos.

  Para por um fim no domínio histórico massivo da igreja, veio o Iluminismo, movimento surgido na França, com personalidades importantes para a época, como John Adams (e o capitalismo...), John Locke, Voltaire, Montesquieu, e muitos outros, que revolucionaram o modo de pensar da sociedade, dissipando o conhecimento para toda a população. Aí os professores tiveram suma importância, no desenvolvimento desta nova sociedade. Os burgueses, buscaram fervorosamente professores para que seus filhos pudessem desfrutar do conhecimento necessário para que a classe fosse dominante, e pudesse se desenvolver. E assim foi.
  Filhos de ricos, ensinados pelos professores, tornaram-se arquitetos da nova revolução que viria, em meados do século XVIII, na Inglaterra. O desenvolvimento de maquinaria adequada à alta produtividade rendeu o maior impacto ambiental, bem como o maior desenvolvimento da sociedade, e a produção em massa. Particularmente, credito a classe dos professores tal desenvolvimento; mas estes foram esquecidos, por terem seu brilho ofuscado por seus alunos; atrás de um grande homem sempre há dúzias de outros, que o  emergiram.

  Com a revolução industrial e o surgimento do operariado, passado um tempo, notaram que operários bem ensinados, operários bem treinados, aumentavam sensivelmente a produção, diminuiam acidentes, controlavam melhor o maquinário. Assim  educação começou a se popularizar.
  Ao mesmo tempo que os operários eram ensinados pelos professores, começaram a notar sua exploração. A Educação (note a letra maiúscula; tomo-na como um ser, uma entidade a qual todos precisam ter contato...) foi uma faca de duas lâminas ("dois legumes" xD), que beneficiava os dois lados, tanto os industriais, que obtinham maiores lucros, como os operários, que passaram a lutar por seus direitos, dando um certo "prejuízo" a seus empregadores. Creio que podemos tomar como declínio da profissão "professor" neste momento.
   A Educação passou a ser, de certa forma, direito de todos, e os professores passaram a sofrer um certo preconceito, vindo dos industriais da época, que eram a "classe dominante". O preconceito passou a vir de cima para baixo. A cultura passou a ser modificada, e com a vulgarização pela quantidade de professores despreparados, que a grande demanda ocasionou, os professores passaram à condição de trabalhadores comuns.

  Essa situação dos professores manteve-se nesse ritmo até hoje. Podemos dizer que houve flutuações (quase uma função senoidal, para os colegas das exatas que lêem o blog, e gostam da precisão de descrições, não conseguem abstrair e imaginar um pouquinho...), mas o professorado passou a ser algo tão comum e corriqueiro quanto qualquer outra profissão. Discordo disso, mas fica para o final do texto minha crítica, bem como a opinião de você leitor...

  Ao entrarmos no século XX, com novas idéias ao redor do mundo e o desenvolvimento tardio da grande maioria dos países, bem como o início da globalização, a educação passou a ser regulamentada em boa parte dos países, sendo legalmente um direito dos cidadãos. Todos os Estados (Estado é diferente de governo, pra quem prestou segunda fase da Unicamp, ok?) buscaram trazer com a educação o desenvolvimento. Exatamente como os industriais fizeram uns séculos antes, só que em uma dimensão MUITO superior. Digamos que esta dimensão maior da popularização foi uma função linear, em relação a dos industriais; a desvalorização do professorado ocorreu de maneira exponencial. Logo, os professores foram atirados na lata do lixo.

  O estudo, em meados do século XX, passou a ser desprezado, bem como quem o repassava, por TODA cultura. Os "nerds", estudantes exímios, de grande capacidade, com potencial para serem grandes professores e mudarem o rumo da civilização como fizeram ao longo de toda a história, passaram a ser ridicularizados e sofrerem discriminações. Quem possuía o conhecimento começou a ser tratado como um 'certinho', que não se aproveita do sistema. Os 'certinhos', futuros professores, passaram a ser cada vez mais rejeitados pela sociedade em geral, e notamos essa manifestação cultural por filmes onde os nerds eram os 'otários', os 'perdedores'.
  Se os nerds eram perdedores, por estarem COMEÇANDO a seguir um rumo acadêmico, o que podemos dizer de quem aponta o caminho? Os professores, que antes eram grandes figuras sociais, passaram a ser vistos como... (insira um substantivo MUITO ruim aqui).

  A autoridade dos professores, dentro da classe e da escola, foi cada vez mais retirada. Se nossos pais e avós sofriam castigos físicos na sala de aula, como a palmatória (que formou alguns cidadãos "meio importantes", como Lula, Caetano Veloso, Chico Buarque - no Brasil; lá fora podemos dizer Bill Gates, por exemplo...Citem mais, galera... sei que vocês tem ídolos meio 'tiozões'...) foram abolidos. O castigo no cantinho da sala deixou de existir no início deste século. E em 2010 o tapa no bumbum também foi proibido para os pais, talvez os maiores educadores de um indivíduo. Somos animais, e como tais, precisamos apanhar para aprender, creio. Em níveis diferentes de um cachorro, claro, mas necessitamos de algum tipo de castigo...

  Professores não podem mais bater em seus alunos. Não podem castigá-los. Não podem gritar com eles. E a sociedade vê os professores como sub-profissionais, onde os alunos que mais perturbam os mestres são os heróis da turma. Aposto que todos vocês, leitores, já perturbaram um professor, só para vê-lo irritado! Ok, a sociedade instiga os pequenos cidadãos em formação a desvalorizar quem os ensina; para onde estamos indo?

  Professores são os profissionais responsáveis pela formação de um país; por sua base, por sua cultura, por seu crescimento. São os responsáveis pela formação dos cidadãos. Se eles são desvalorizados, o que viraremos? Se desprezarmos quem nos ensina, para onde iremos? Não foi pelo racional que nos tornamos diferentes dos outros animais? E esse raciocínio não nos foi passado até agora? Quem sabe os desordeiros de hoje não voltem a ser como animais tidos como irracionais, né? Assim gostaria -.-

  Por sorte, nos últimos3 ou 4 anos, houve uma valorização da classe nerd, "promovendo-os" a Geeks. Será que é o início de uma mudança comportamental? Gostaria que sim.

  Vamos valorizar a classe mais importante da sociedade, os professores. Vamos respeitá-los. Sei o quanto minha mãe sofre com essa desvalorização, professora há 29 anos, e já comentou sobre muitas fases da educação.

  Próxima postagem sobre Educação creio que será sobre a falta de competência de alguns professores, causada pela desestruturação generalizada pela desvalorização dos mesmos, bem como sobre professores que não se esforçam (que não são de fato professores, e sim sofistas meia-boca).

Abraço aos guris, beijo na bochecha às gurias o/ *risos*

sábado, 15 de janeiro de 2011

Educação I: cronologia das fases educativas

Senhoooooooooras e Senhores!!!

Aqui vem mais um post, nada bombástico e carregado de expressões por vezes de difícil compreensão, ideias quase vazias ou clichês, mas ainda assim, minhas ideias (e essa porcaria de idéia que virou ideia já seria um bom gancho para este assunto, mas vou me utilizar de outro caminho).

  Espero que, nesta postagem, haja algum tipo de discussão entre os leitores, afinal, este blog existe para abrir a cabeça das pessoas, para que cada um tenha o direito de compartilhar com colegas seus pensamentos, suas visões e tudo mais. Creio que educação seja um... rio, de leito largo e profundo, com direito a muitos afluentes. Façamos deste post o mais comentado. A menos que meus queridos leitores não tenham opiniões e sejam apenas marionetes...

   Bem, gostaria de comentar um pouquinho sobre mim, para poder explicar o que vem a seguir. Como acho que meus leitores já sabem, estou perto de completar 20 anos, e caminho ao terceiro ano da graduação. Como nem todos os leitores sabem, eu não sou exatamente um aluno aplicado, talvez não tenha o dom para mexer com números, embora eu os ame. Talvez por esta falta de habilidade, e com certeza pela minha procrastinação e preguiça extremas, eu venha acumulando um grande número de DPs, aliado ao fato dos meus problemas em geral, de cunho pessoal e familiar.

  E o que isto tem a ver com educação? Bem... É um desvio do meu comportamento isso, mas tem algumas consequências, como a inviabilidade de um possível mestrado na minha universidade ou mesmo o cancelamento de minha matrícula, já que a Unicamp estipula um prazo para que seus alunos se formem. Nada mais justo. Logo, estou usando de um artifício para corroborar minha estadia por lá: estou, mais uma vez, prestando vestibular, a época mais trevosa da vida dos estudantes de ensino médio - que pode durar até seus 25 anos, se resolver prestar medicina...
   É interessante ver como um sistema falho de educação se aproveita de um recurso injusto de seleção dos "mais aptos" a cursar a graduação. Se o sistema de seleção fosse eficiente, julgando pelo meu caráter vagabundo procrastinador, eu não estaria na Unicamp agora.
   Mas por que há essa necessidade de uma prova para selecionar? Creio que o problema é um pouco mais profundo. Não há, em nosso país, uma política educacional. Não há uma cultura educacional. Não há uma real educação das pessoas.

  Até aí não é novidade a nenhum de nós, certo?
   Como não quero esgotar essa temática, que espero ser recorrente ao longo da vida deste blog, vou enunciar o que considero como pilares da educação ética-moral-civil-formal-adicione_o_caráter_que_quiser de um cidadão. Gostaria que vocês, leitores, também os enunciasse, mostrando concordância ou discordância desse meu ego gordo aqui. Tentarei alocar de maneira cronológica as fases de nossa educação.

1º Enquanto bebês
   Nascemos, ok, muito bom. Provavelmente não tenhamos, enquanto recém-nascido, uma capacidade física de pensarmos e aprendermos, certo? Errado. Aprendemos que quando choramos de um certo modo, podemos conseguir o que queremos, e aí já mostramos traços de nosso caráter, e começa nosso processo de educação. Educar um recém-nascido?- tarefa meio complicada. Mas nossa sociedade desenvolveu uma instituição capaz de conseguir fornecer uma certa proteção e ajuda nesses primórdios do nosso ser. Provavelmente responsável por muito do que viremos a ser, essa eficaz instituição se chama família. ACONTECE que, pela pluralidade de culturas, de crenças e de pontos de vista, cada um se é formado de um modo. Isso é bom, pois o posterior contato com outras pessoas tende a nos acrescentar coisas. Mas, nosso contexto social atual já começou a cair morro abaixo. A família torna-se uma instituição de falência iminente. Vemos N casos de situações onde a família abandona a criança, o bebê, a mercê de estranhos, como a creche, ou pais que deixam babás cuidarem de seus filhos e educarem ao modo delas. Crédito às babás. Mas o filho deixa de ser filho, pois recebe ensinamentos diferentes da visão dos pais, e semelhantes ao das babás.

2º Somos crianças
   Agora somos crianças, já tivemos nosso comportamento ligeiramente moldado. Aí vem a fase da imposição de limites, ainda dada pela família, mas já temos contato com outras pessoas, e a escolinha. Multi-ensinamento, multi-educação. Sugiro que os limites não sejam trabalhados como imposição, e sim como marcas dos direitos dos coleguinhas (discutiremos isso mais pra frente). Já começou o caos, aí. Sempre tem um valentão que lasca medo, um "nerd", um com mais dificuldades, um mais agitado, um que dorme... E assistimos TV também! Desenhos ótimos, como Power Rangers, que ensina a descer porrada nos monstros... E briga para quem vai ser o Ranger vermelho. Já estamos corrompidos. A mídia mais acessível, a todos os públicos de todas as idades já não tem uma programação adequada à formação de um indivíduo socialmente saudável. Exceto por alguns bons programas, geralmente da Rede Cultura.

3º Adolescemos
   Crescemos mais um pouco, chegamos ao ginásio. Influências externas à família agora se tornam mais fortes, e nos tornamos escravos das amizades. Talvez eu tenha passado essa época mergulhado no computador. Não tive muitos problemas, exceto por uma professora gramaticista na sétima e oitava séries, que até hoje passo mal ao ver um erro de português, e tenho uma escrita razoável graças a ela; uma professora de matemática meio peruona, que me detestava por ser vagabundo. É nessa hora que os pais jogam a responsabilidade da educação para a escola, que é uma instituição falida pelo pouco apreço social que professores tem, pelas condições de ensino, pela metodologia obsoleta empregada etc. Escolhemos nossos gostos musicais, que filmes assistiremos e tudo mais.
  Ensino médio, já aparece as concorrências por emprego, por um lugar na sociedade. E estamos perdidos, porque está chegando vestibular, hora de escolher a profissão na qual vai trabalhar até morrer. Poxa vida! É muito cedo para uma criança de 17-19 anos escolher o que quer fazer pro resto da vida! Ainda mais por não termos um acesso a um beneficiamento seletor que nos facilitaria a vida. Por exemplo em Cuba, onde a guria que manda bem em matemática já vai sendo direcionada para a área, ou o rapaz troncudinho já vai receber seu treinamento esportivo. Determinista? Sim, mas funciona, pois cada um tem seu dom melhor trabalhado.
    Faculdade, época onde temos a oportunidade das mais diversas vivências e profundo aprendizado. Mas nem todos fazem uma graduação.
4º adultos
  E voalá, somos adultos. Estamos plenamente encaixados na sociedade. E a interação com outros indivíduos torna-se intensa a medida que necessitamos de bens e serviços, vamos atrás deles sozinhos, escolhemos o que queremos assistir, teoricamente com a ciência de quem somos, porque somos e porque queremos assistir a isso e àquilo - até constituirmos nossa própria família. Muitos acham que a educação acaba aqui. Mas um cidadão, enquanto tal, deve continuar a ser educado até que não tenha mais essa condição. Deveríamos receber apoios para uma formação continuada, para podermos nos entender, entender como estamos estruturados e 'talz'.

Essa quatro fases se ligam, formando um ciclo.
Bem, não vou adentrar a fundo cada um destes temas nessa postagem, só gostaria de enunciar as fases e como e por quem somos influenciados. Gostaria que cada um de vocês, leitores, comentassem sobre fases importantes para vocês e algumas passagens que notaram que, de alguma maneira, os educaram, mudaram seus pontos de vista. Vamos fazer esse trabalho, esse levantamento, para podermos trabalhar melhor essa temática da educação.

 Claro, vou deixar boa parte da culpa dessa nossa falta de educação civil à midia televisiva, que seleciona programas da mais baixa qualidade para repassar a nós, tentando nos tornar meros instrumentos, mera massa, marionetes dela. E vem fazendo isso muito bem. MUITO BEM. Minha revolta com a mídia também será exposta em postagem breve.
Gostaria de adendos a seguir, de vocês, amigos leitores =D. Espero que realmente participem deste projeto.
Abraços.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Doenças sociais I

Boa noite, queridos leitores.

Meus últimos dois dias vêm sendo especialmente desgastantes, psicologicamente falando. Não gosto de expor meus problemas, mas acabo fazendo, periodicamente, para evitar explosões. Infelizmente explodi ontem.

Na última postagem, acabei fazendo um comentário infeliz sobre um pequeno problema que tive, tentando dar um tom de humor ao assunto, mas o efeito foi adverso, já que meus queridos leitores prestaram mais atenção no MEU problema do que no problema da SOCIEDADE. Guys, eu não tenho importância! O povo tem!!! Então por favor, vejam a crítica social quando eu escrever - e se eu reclamar de alguma coisa, será sarcasmo, para mostrar que também tenho dificuldades, mas é para vocês rirem e se divertirem um pouco comigo, ok?

Hoje, eu gostaria de falar sobre uma coisa complicada, que nem eu sei direito do que se trata, mas reparei que muitas pessoas tem esse tipo de dificuldade; quero falar sobre o que resolvi nomear como 'doenças sociais'. Desconsiderando o último parágrafo, vou usar um exemplo meu para comentar sobre esse tema, mas não será sarcasmo, beleza?

Conceitualmente falando, o que é a Sociedade? Não uma sociedade, como na biologia; me refiro à "instituição" sociedade. Nosso porto seguro, motivo de sermos considerados seres racionais, nossa organização. É difícil estabelecer um conceito, e temos diversas dissertações filosóficas e sociológicas, que não me convém comentar por não ter esse cacife todo - afinal, sou um engenheiro em formação, não um cientista social "^^.

Mas, partindo do princípio que a Sociedade é uma instituição, como tal há de ser estabelecido um código de conduta, geralmente apresentado sob a forma da legislação - oficialmente falando. Mas, além da legislação, há um segundo 'código' que é tomado: o código de ética/moral, que advém do bom senso.

Bom senso? Vamos explorar mais a fundo o que seria o bom senso... [i]A Priori[/i] não é o Bem como previsto pelos cristãos, budistas e demais doutrinas; é um bem comum. Um bem comum. Para ser um bem comum, naturalmente, há de ser um padrão que aloque o maior número de sociáveis possível, sem que prejudique os demais.

Logo o bom senso nada mais é do que um padrão a ser seguido, uma legislação secundária. Acontece que é um código de conduta que não é igualitário. Alguns acabam por ter mais privilégios por gozarem de posição social mais elevada. Em algumas culturas - os mais velhos, em outras, os mais sábios; na nossa, os mais ricos. Ou famosos, populares. Sim, populares em todos os sentidos; desde um ator que seja bem falado até um rapaz popular na escola. Sempre gozam de mais benefícios.

Mas quanto nos custa esse bom senso? Temos de nos adequar quanto a ele? Sacrificamos pedaços de nossa personalidade, traços da nossa verdadeira essência, do nosso verdadeiro Ser para que possamos ser aceitos pelos demais do grupo. Deixamos de saciar nosso ego, ou o deformamos para que possamos ter nosso "lugar ao Sol". Mas sabe? Nunca gostei do sol, nem de praia, nem de festas. Sempre fui recluso, e paguei um preço por isso; sou pouco apreciado por colegas de turma na graduação, por exemplo. Sou posto como secundário nas preocupações por não estar ali, fazendo o que todos fazem.

Até aí, nada demais. Faço isso de maneira consciente e meu caso é brando. Aliás, estou privilegiado pela quantidade de amigos que tenho, que compartilham interesses semelhantes. Na real, queria comentar sobre meu pai.

Acho que ele se aplica como um doente social.

Embora haja esse maldito código de conduta do bom senso, algumas pessoas são pontos fora da curva. Aliás, temos em mente que o bom senso é uma curva normal, como esta:

Ou seja, onde há uma maior quantidade de pessoas com determinadas características, há o ponto mais alto desta curva.

Logo, notamos que, tanto no extremo esquerdo quanto direito, há menor quantidade de pessoas, mas que, teoricamente, nunca será zero absoluto.

Pois é, meu pai se enquadra num desses extremos. É um cidadão, portanto, goza de seus direitos legais como cidadão. Mas tem um problema: ele não é "normal" como o resto da Sociedade quer que seja. Ele tem alguns pontos diferentes, um padrão de comportamento diferente do padrão. E ele se esforçou nos seus 47 anos de vida para tentar se alocar bem nesse miolo da curva. E essa vontade se tornou uma patologia a ponto d'ele não ter mais condições de conviver socialmente.

Hoje, ele apresenta traços de apatia, quase alucinações, a mente dele vai a lugares que não são permitidos por esta sociedade. A idéia de se alocar nesse padrão de comportamento deixou-o louco. Ele não pode mais estar na sociedade, pois perdeu as noções do que é real e do que não o é.

Há uma pressão muito grande para que nos enquadremos, mas por vezes, não somos compatíveis com os padrões exigidos. E às vezes essa pressão torna-se tão grande, e o risco de ser expulso do círculo social torna-se tão iminente... que piramos. No caso dele, um transtorno dissociativo. Perde-se a noção de quem se é, ou de com quem se convive. Por conta de epilepsia, o transtorno dissociativo nascido dessa pressão social fez com que suas crises voltassem à tona. E por se tratar de um tipo de loucura, o levou às últimas consequências, fazendo sua casa, seu pilar de sustentação, ruir.

Foram dois anos cachorros, de muita correria e transtornos à minha mãe, meu irmão e a mim. De fato, a "culpa" é dele, por não ter se enquadrado. E gerado dificuldade para nós todos aqui de casa, vizinhos e companheiros de trabalho. Agora... como julgar ele como torto, desnorteado... se esse padrão é mutável e destrutivo?

Quantos mais perderão seus parafusos antes que pratiquemos uma política de tolerância às diferenças?

Gostaria que vocês, leitores, comentassem sobre esse texto que, embora longo, tenha funcionado como um desabafo, além do caráter crítico ao nosso "bom senso".

Abraços.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O medo do não conhecer: preconceito.

Bom dia queridos leitores, que são poucos, mas com certeza valorosos.
Cada pessoa que torra seu tempo lendo uma destas postagens pode se considerar minha amiga, por estar compartilhando de opiniões e traços de caráter, praticamente abrindo meu coração. *risos*

Acho que agora vou escrever pela primeira vez sobre um assunto que eu espero que se torne recorrente ao longo do tempo.

Você, camarada leitor(a), se por acaso, acabar a luz de sua casa, à noite, é tomado de um repentino mal-estar, correndo uma certa adrenalina pelas veias, temendo pelo pior? Mesmo estando na segurança de seu lar, com todo seu conforto? Pois bem. Imagine-se adentrar um local onde nem você nem consegue abstrair o que tem lá dentro. Um recinto fechado, hermeticamente, sem fontes de iluminação; um lugar que você não tem noção do tamanho, ou do que pode ter lá dentro. Ouve sons que nem imagina o que pode ser, totalmente diferente de tudo que já ouviu. Qual a sensação? Parece desagradável, não?

De fato, eu ficaria aflito. MUITO aflito.

Agora... e se esse lugar, ao ser descoberto aos poucos, se revelar um pequeno paraíso? Os tais ruídos fossem apenas instrumentos que possam gerar algum conforto? Pois bem, aquela primeira sensação que teve, de angústia, é o preconceito.

Eu estava a pensar sobre isso, e percebi que o preconceito se apresenta de duas maneiras... Uma seria essa, um verdadeiro medo, um modo do seu corpo se preparar para algo ruim; esse seria um preconceito natural e com uma certa utilidade. O outro seria algo mais complexo, rude e mau.

Analisando a palavra, temos pré-conceito, ou seja, uma idéia estabelecida previamente sobre um determinado assunto, tema, situação. Esse "preconceito natural", o medo, seria algo intrínseco ao nosso instinto. Por outro lado, há um outro "rolê" - mais problemático.

O/A Camarada está andando na rua, tranquilo(a), e vê um rapaz com roupas esfarrapadas, aspecto sujo, com uma cara não muito amigável. O que passa à sua cabeça? "Seguramente é uma ameaça, posso ser assaltado!". Do mesmo modo que o medo, esse preconceito surge com base nessa insegurança. Pode ser mesmo que o pobre mendigo seja algum criminoso, tanto quanto um "playboy" que tem um carro novo, ou algum político por aí. Mas temos essa idéia de perigo na nossa cabeça, estabelecida como um cabresto social, um modo de conter a sociedade, evitando certas atitudes.

Um exemplo simples seria o preconceito racial. Surgido numa época onde os diferentes povos precisavam preservar sua cultura, era bastante comum a xenofobia, e o modo mais prático de determinar quem era de fora era pelas características físicas. E pronto, temos o racismo. Mas com o tempo, a coisa se tornou séria. Algumas 'civilizações' começaram a expandir seus domínios, subjugando outros povos, e estes, reprimidos, passaram a ser discriminados, tidos como inferiores. Os regentes dos povos dominantes usavam argumentos pouco verídicos, mas aliados ao medo da população, para evitar revoltas dos dominados, que eram marginalizados da sociedade.

Simples de entender, né? Agora me diz: já que o mundo está todo ajustado, a eugenia já foi pelo ralo, qual a necessidade do preconceito? *Claro, além de ajudar a evitar assaltos, esporadicamente...*
NENHUMA!
GUYS! Essa semana eu fiquei PUTO com esse rolê de preconceito, sabe? Me chateia, de verdade!

As pessoas, depois da globalização, ficaram meio sem bases, sem personalidade, já que não há uma identidade nacional ou mesmo de povos... então as pessoas se agrupam em tribos urbanas, para suprir essas necessidades. Infelizmente, eu tenho cara de nerd - e como tal sou tratado. Portanto, sorte com garotas tende a zero.
Mas pior que essa zica, é ter que aguentar a frustração de passar 5 anos tomando coragem para falar com a garota mais linda que você já viu - e sequer sabe o nome dela... Conseguiu achar o perfil dela numa rede social e pegou um contato de mensagens instantâneas (amo orkut e MSN ^^) e quando eu fui falar com a minha musa do ensino médio... UOU, fui destruído >.<

Passei quase 2 horas fazendo perguntas simples e obtendo respostas monossilábicas, sem que houvesse nenhuma curiosidade em me conhecer!!! Vamos lá, gente... quem me conhece sabe que sou um cara razoavelmente agradável!

Nossa... eu juro que se eu pegar o infeliz que criou esse conceito de preconceito... nossa, eu empalo com uma palmeira real! xD
Por causa da porcaria do meu esteriótipo eu dancei com minha musa. Mas 'to reclamando de pouco, sério.

Vamos pensar no nosso país; é um país imenso, cheio de riquezas naturais e todo esse bla bla bla que vocês sabem...
Agora, notem que SP é o Estado que tem maior PIB, maior industrialização, e como costumam dizer, "carrega o país nas costas". Sabe o que é isso? É preconceito. Não podemos dizer que São Paulo é o melhor Estado do país. É tão bom quanto todos os outros! E nós, paulistas? Por que nos achamos no direito de criticar os nordestinos? Chamamos eles de cabeças chatas, não valorizamos seus trabalhos! Quem construiu a avenida paulista? Garanto que boa parte dos prédios do "coração financeiro do país" só existem porque nordestinos estavam lá, trabalhando arduamente.

E não, NÃO MESMO. Nordestinos não são apenas mão de obra da construção civil. Como podemos esquecer das obras intelectuais desse povo forte? Temos exemplos como Caetano Veloso - um dos mais importantes ícones da luta contra a ditadura - temos essa liberdade de expressão graças a ele!!! Ou Gilberto Gil, que mostrou a cultura brasileira mundo afora... e enquanto ministro adotou uma política de valorização do cinema nacional, onde os incentivos auxiliaram em super produções como o tão aclamado "Tropa de Elite", cujo personagem amado por todos, Capitão Nascimento, era interpretado por um dos maiores atores do nosso país, Wagner Moura!

Como podemos esquecer da contribuição literária de Suassuna? O poeta Manuel Bandeira.... E vamos deixar de lado Dominguinhos?

Tudo bem, todo mundo ouve agora Claudia Leite, Ivete Sangalo e adora micaretas. De onde surgiu isso?
E os magníficos cantores como Betânia, Gal Costa, o intelectual-insano Tom Zé... Para quem só ouve rock, como não valorizar um dos maiores rockeiros que o país já teve, Raul Seixas... e mesmo Lenini?  Só alguns de muitos!

Só um último adendo aí... Luis Inácio "Lula" da Silva, considerado um dos melhores presidentes que o país teve até hoje, o presidente com maior índice de aprovação pela população, um dos políticos de maior influência do mundo e uma das personalidades mais importantes da década.... da onde veio mesmo? "fikdik"

É uma hipocrisia tratar a galera dessa região desse jeito! Botemos a mão na consciência... Não façamos piadas desnecessárias. Vamos ver quem realmente vale alguma coisa.
Este post eu tirei mais para falar dos nossos irmãos nordestinos... mas virão outros =o)

Que o preconceito vá a M*RDA! Ele me F*DEU com uma guria VERY NICE, então quer saber?
Deixo minha revolta aqui! xD

Abraço a todos, e perdão pela postagem gigantesca... mas não tinha como escrever menos xD

Esclarecimentos:
1)Não culpo minha "musa" pela atitude... se eu fosse uma garota de seios fartos e aparência aprazível, e um guri bizarro, com cara de louco, ficasse me secando, eu com certeza fugiria MTO. E não daria oportunidade de uma conversa via internet... Ela até foi caridosa xD
2) Cinco anos realmente é muito tempo, mas temos que levar em consideração que eu namorava no primeiro colegial... e no segundo... e no terceiro... e até o meio do segundo ano da graduação também xD
3) Garotas... 'tô solteiro, ok? Mas sou meio fresco xD

sábado, 8 de janeiro de 2011

O quase orgulho de ser sumareense...

Boa noite meu povo, minha pova!
Devido à iminência da situação de catástrofe constante, resolvi reclamar um pouco. Não que eu seja ranzinza, mas procuro deixar o bom-senso me guiar, e como prometido o post de hoje à noite, aqui o farei.

Para quem não me conhece, meu nome é Otávio, meu apelido é Voodoo ou vudu, ou vud, escolham! Tenho 19 anos, em 2011 curso o terceiro ano de Engenharia de Alimentos na FEA - Unicamp, curso noturno. Gosto de rock - mais pra ala dos metais da vida (não famílias 1 e 2 A, ok?). Gosto de cozinhar, sou meio desajeitado, inconveniente e tímido. Tudo isso é irrelevante para todos nós, eu sei, mas precisava fazer a introdução ao tema. Sou sumareense. Sim, moro em Sumaré, cidade pertencente à Região Metropolitana de Campinas, responsável por quase 3% do PIB nacional (uns 70 bilhões/ano), onde há aproximadamente 2,8 milhões de habitantes.

E Sumaré? Em área, é a segunda maior cidade da RMC, com uns 240 mil habitantes. E o que tem aqui de importante? Bem, temos algumas empresas, a citar:

  • 3M
  • Honda
  • Pirelli
  • Villares Metals S.A
  • Amanco
  • CNAGA
  • Wabco
  • Mercurio Transportadora
  • Medley Genéricos
  • Buckman Química
  • PPG Tintas
  • Pastificio Selmi
  • Cicalfer Cimentos
  • Textil Assef Maluf
  • Transitions Opticals
  • Sherwin Willians Tintas
  • Sata Brasil
  • Schneider Electric

Talvez conheçam boa parte destas empresas, que fornecem muitos empregos aos residentes da região, reduzindo bastante as taxas de desemprego.
Parece bom, não? De fato, é.
Então, depois dessa enxurrada de oportunidades, nos perguntamos: COMO Sumaré, com esta verba toda de impostos recolhidos por tantas empresas, foi a primeira cidade da RMC a declarar estado de EMERGÊNCIA pelas chuvas que causam prejuízos de mais de 7 milhões. E pra onde as pessoas que perderam casas vão? Ser abrigadas em pátios de colégios por quanto tempo?

Não critico a administração atual da cidade, pois o problema não é de cunho recente. Se estudarmos um pouco sobre o município, veremos que toda sua infraestrutura, principalmente relacionada à distribuição de água, é muito antiga e precária. O ano de 2009, por exemplo, sofremos muito em casa com a falta de água. Chegamos a ficar 10 dias sem água nas torneiras!

E as enchentes? Culpa do Bacchim? Não. A culpa é de todos nós. Ao invés de reclamarmos de ruas mal-asfaltadas seria de muito boa vontade reclamarmos nosso direito sumareense de termos uma cidade com uma política de segurança ambiental. As enchentes provêem de anos de um rio onde todos atiram excrementos nele, sem nenhum tipo de tratamento, poluindo o meio ambiente e assoreando o rio. É necessário uma desassoreamento imediato da região, e implantação de uma mata ciliar, pra evitar essas erosões que reduzem a profundidade do leito do rio. Que todos os sumareenses tomem ciência disso, e vamos tentar fazer um abaixo-assinado ou qualquer coisa do gênero, uma pressão, que seja, para que a prefeitura bote um trator-guincho para desassorear o Quilombo, assim vai se evitar as inundações (a curto prazo), e implantando um cultivo de mata ciliar, estaremos longe deste problema. É simples. E barato.

Além disso, as áreas que foram inundadas, em boa parte dos casos, foram em áreas mananciais, áreas onde não se poderia efetivamente construir casas. Falta uma orientação a estas pessoas, feita por algum tipo de órgão ... privado ou governamental, para que entendam o porquê de não construírem ali.

Outro aspecto a ser tomado é: precisamos de uma estação de tratamento de esgoto. Não queremos jogar cocô e xixi no rio, onde um monte de peixes moravam outrora, certo? Imagina vc no sossego do seu lar.... e de repente alguém vai lá e urina na sua cabeça! É de desolar!!!
Mas aí são outros 500, até chegarmos a esse ponto.
Deixo aí minha observação sobre essa situação "disgusting" que vivemos.
Torço para melhoras.
abraços aos leitores.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pensamento sobre a Corrupção

Boa tarde, galera!!! Primeira postagem com algum conteúdo útil do blog =D
Postei este texto na comunidade JOVENS CONTRA A CORRUPÇÃO, no orkut, no fim do dia 03/01/2011, pouco depois da meia noite (ok, era dia 04/01, então...) e ninguém leu ou comentou ele. Espero que sua divulgação seja maior aqui :)
   Escrevi esta postagem para convidar os leitores, principalmente os jovens, a pensar um pouco sobre o que ´q, de fato, a corrupção, ao invés de xingarmos alguns políticos por aí...A corrupção que todos gritam, se alarmam, apontam os "culpados" e pedem a cassação de seus mandatos. Mas... adianta?

   Adianta ficarmos escandalizados com dinheiro na cueca? Com propinas milionárias? Com dinheiro público bancando jantares e viagens? Resposta simples e curta: não.
Se analisarmos o que exatamente seria a corrupção... veríamos que é a corrupção do sistema, a corrupção do indivíduo pelo sistema corrompido.
   Como assim?
   Bem, qual uma das maiores famas dos brasileiros, motivo de muito orgulho, senão o "jeitinho brasileiro"? Esse "jeitinho" nada mais é do que a "arte de passar o coleguinha pra trás", para benefício próprio. E isso vem de muito tempo atrás...
   Nossa cultura nos ensina a trapacearmos. Usamos códigos nos jogos de videogame, tentamos hackear coisas, achamos dinheiro no chão e muitas vezes nem pensamos de quem pode ser, ou rimos quando alguém e se machuca, ao invés de oferecermos ajuda. Isso é a corrupção. Nós, com esses gestos simples, já temos uma ética comprometida. E sim, eu digo NÓS me referindo à juventude. Não que eu seja santo - já dei enganadelas em uma ou outra pessoa, já menti uma ou outra vez sim... Mas ainda tento manter uma retidão de caráter, para poder ainda lançar críticas sobre os POLÍTICOS corruptos.
   Mas esses políticos são o de menos - são só REPRESENTANTES (bom frisar que são representantes, portanto, são nossas escolhas e opiniões...). O problema é de ordem social. Somos nós, indivíduos constituintes desta nação. Escolher um político é algo sério... temos q defender nossos pontos de vista. Então, fiquem de olho nos candidatos que elegeram, há sites que possibilitam ter acesso aos gastos públicos deles! Vejam seus projetos... Mas além disso, POLICIEM-SE!
   Não culpemos nossos representantes se os erros são nossos!
   Ao invés decriticarmos eles, vamos nos AUTO-CRITICAR, ver onde podemos melhorar.
   Jovens juntos fazem muitas coisas. Podem sim mudar o futuro do país. Foram jovens que derrubaram a ditadura.
   E somos nós, jovens, que podemos trazer uma nova era de prosperidade a nossa pátria.

   Entretanto, há a suma importância de entendermos o que é necessário para a melhoria de nosso país. Não só o fim da corrupção.
   Quantos de vcs tem orgulho de serem brasileiros? Quantos de vocês trocariam um salário mais alto, no exterior, podendo levar a família... por ficar no Brasil?
   Não tem como um país melhorar por si só. Não é uma máquina com inteligência artificial. Não constrói-se sozinho. Somos seus arquitetos, seus pintores; como trabalhar numa obra da qual você não gosta?
   Deixemos um pouco o preconceito para com nosso país, para com os habitantes de diferentes regiões e vamos nos unir o/
   Não importa sua orientação política... anarquista, direitista, esquerdista, centrista... pouco importa com um sistema corrompido a ponto de haver tamanha deturpação dos ideais originais dessas orientações!
(a propósito... sou ligeiramente anarquista tendendo pra esquerda...Não quero ningm discutindo orientação política aqui, apenas corrupção, ok?)
   Vimos um presidente quase sofrer o fim de seu mandato por impeachmant ( sim, o Lula... segundo semestre d 2005, para quem se lembra) - e por que não aconteceu? Alguém me diz? Porque a oposição, que deveria vistoriar e lutar contra os erros do governo vigente... era tão corrupta quanto... senão mais, então resolveram por panos quentes na situação para que não vissemos o quão podre era a situação!!!
   Guys... chega a hora de separarmos o joio do trigo... e beneficiarmos o joio, para ter alguma utilidade. Vamos lutar pelo nosso país, pelo nosso futuro!

Vamos lutar por um mundo melhor! Façamos de 2011 não um ano novo... mas sim um novo ano! Mudemos as regras sujas! Vamos ser os agentes dessa mudança, chega de procrastinação!!!

Estou aberto a debates: voodoo_magus@hotmail.com

Abraços o/ 
Boa tarde galera!

  Bem, o ano de 2011 começou, já passou aquele início morto do ano, onde há uma ressaca coletiva de comer, de beber, de festejar e tudo mais. Para vocês.
  Muitos também passaram por momentos difíceis, tanto física quanto psicologicamente, e não festejaram tanto assim. 'To mais para esse caso.
  Bolas, o ano começou - e aí? Todos se perguntam. É só mais um ano mesmo!...
  Ou não. Pensemos nos amigos que estão nos vestibulares por aí... Que dificuldade e tensão! Ou nos camaradas que passam fome; um ano a mais passando fome não é algo legal =/
  Cansei de ser o "brother" que tem umas idéias boas esporadicamente, e, com quase 20 anos e pouquíssimas realizações sociais... tentei mudar um pouco e abrir minhas discussões para a internet.
  Então resolvi inaugurar este blog, para comentar um pouco sobre minhas ideias (nossa! essa nova ortografia destruiu até minhas "idéias"...), talvez até comuns, mas gostaria de compartilhá-las com os leitores. Espero que gostem, que leiam com carinho, reflitam e que se sintam convidados a refletir sobre as postagens. Não garanto que serão diárias... as ideias tem de amadurecer antes de serem propostas. Talvez uma postagem por semana seja bem razoável... Se a semana for produtiva, quem sabe até mais?
  O objetivo do blog? Criar novos cidadãos. E não, definitivamente não 'to falando de procriação em massa ¬¬ . Uma pessoa só é um cidadão se for consciente disso. Se entendermos a trama social, como estamos organizados, quais nossos direitos e deveres... aí sim seremos cidadãos!
Então, convido-os a serem cidadãos e ensinarem a outros que todos podem ser cidadãos. Uma sociedade de pessoas pensantes é bem mais justa, igualitária e sensata que uma sociedade de poucos intelectuais e uma grande massa.