segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E finda 2012

    Bom dia, seus lindos leitores! Quero deixar minha mensagem de final de ano para todos os que lêem e não lêem este blog, mas foram sacaneados pelo Facebook e caíram aqui =)

    Acabou 2012, o que não é segredo pra nenhuma pessoa. É fácil olhar no calendário - se você está lendo, tá em um computador e pode arrastar o mouse pra cima do relógio, se não estiver usando algum sistema operacional ou aplicativo que mostrem constantemente a data.
    Acabar um ano a mais, um ano a menos talvez não faça diferença. Esse é o último dia do ano, mas sobrevivemos a tantos outros dias... Mas por algum motivo, tornamo-lo especial, comemorativo. Dispendemos tempo, dinheiro e nosso esforço elaborando uma festa de transição do período que denominamos ano.
    Enquanto centenas de milhares de pessoas fazem promessas, tentam mandingas e simpatias, fé em superstições e resoluções de ano novo, prevendo um 2013 melhor, eu vejo 2012.
    Vejo meus erros, meus tropeços, minhas inconveniências e mancadas. Vejo meus podres, meus passos errados, meus pecados, a preguiça que deixei me tomar e o quanto ela me prejudicou. E não faço nenhuma promessa, não creio em superstição. Afinal, são tantos os dias que sobrevivemos...
    O ano acaba depois do fim do mundo, e junto com ele acabaram-se muitas esperanças, muitas vidas; e tivemos muitas perdas importantes (mas falar de coisa ruim é chato).

    Mas está enganado quem acha que espero um novo ano ruim.
    Olho meus erros para tentar aprender, para saber onde não cair mais. Não faço promessas para não descumprí-las. Não tento superstições por acreditar que uma mudança na vida depende só de nós mesmos, e não de sorte. Precisamos erguer a cabeça e fazer o novo ano.
    Não esperemos que o ano novo traga uma maré nova, façamos esse ano ser realmente novo. Lutemos pelos nossos sonhos e vontades. Que aprendamos a ser mais tolerantes, mais pacientes. Que deixemos as raivas, os preconceitos, os males para trás. Que saibamos viver melhor, darmos asas a nossos sentimentos. Que respeitemos os coleguinhas, e os que não são coleguinhas também! Porque cada um tem o direito de gostar ou não de alguém ou de alguma coisa, mas todos temos o dever de respeitar tudo que nos é igual ou diferente. E o mais importante: QUE SEJAMOS FELIZES.

    Que esse novo ano que já começou no coração de todos faça deste mundo um lugar melhor para todos! Um feliz 2013.
Beigos e abraços =)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

21-12-2012 e o fim do mundo

    Não é de se espantar que eu ainda esteja aqui, já que o mundo não acabou.
    Vimos, nesses últimos tempos, como é poderoso o poder de um boato, sobre uma profecia mal-interpretada de um povo cuja cultura está extinta, embora haja indivíduos remanescentes. A história do fim do mundo foi tão intensa que algumas pessoas realmente fugiram dos locais onde vivem, estocaram recursos e tentaram se colocar em locais que acreditavam ser protegidos de quaisquer males que possamos enfrentar.
   
    A crença do fim do mundo é algo recorrente, presente em todas as religiões, comum a todas as populações. É algo tão presente quanto a morte.
    Não conseguimos entender o quão orgânica é a sociedade e tornamo-a uma vida como a nossa - que tem que ter um fim. Datamos nossas vidas, estipulamos prazos, colocamos um ponto final em todo dia, semana (e quem não quer o fds?), o mês (pra chegar logo o salário), o ano (e todas as promessas de que seremos melhores no ano seguinte), o século (e as invenções que virão) e os milênios e suas novas eras. O mundo TEM que acabar, em nossa concepção.
   
    E tem mesmo. Mas não to falando sobre catástrofes, apocalipses zumbis, invasão alien, dinossauros com pistolas... ou quem sabe mais o que a galera consegue ver. Falo sobre acabar o mundo, como já acabou N outras vezes.
    Rompemos com correntes filosóficas, costumes que julgamos inadequados, modismos, literaturas, governos, entre tantas outras coisas. E renascemos fortes, ou pelo menos mais fortes do que éramos - claro, ao nosso ver. Criamos uma nova barcaça de ideias, esperanças e podres, transmitindo às futuras gerações essa nova gama de objetivos e lugares a serem atingidos. Evoluímos.

    Há alguns milhares de anos percebemos e entendemos que haviam quatro estações e aproveitamos isso para que desenvolvêssemos a agricultura, e assim pudemos fixar moradia, ter um local onde ficaríamos todo o tempo. Construímos nossos primeiros LARES, e aí surgiu a propriedade privada. Os primeiros bens duradouros e o mundo, como conhecíamos, acabou.
    Passados mais uns tempos, já com a ideia de casa e família desenvolvida, reparamos que nem todas as trocas eram justas e justificadas, então desenvolveu-se um sistema monetário, afim de facilitar as transações de bens. Pedaços de metais, jóias preciosas, tudo era usado nesse escambo pelo que seria necessário.
    E veio a escrita. Documentar tudo o que era visto, por nomes nos bois, contar a história (do vencedor). Ferramenta utilizada por quem dominava - tanto é que por muito tempo o conhecimento da escrita se manteve nas mãos de uma pequena elite. Chegamos ao fim da pré-história, e agora éramos uma civilização 'culta' e estabelecida. Quem escrevia a história assim fazia para que seus interesses fossem preservados. Colocamos um fim no que veio antes, e o mundo, como era, tinha acabado.

   Democracia, surgida na Grécia, nas antigas Polis, a justiça para com o indivíduo. A civilização egípcia e a criação do papel, facilitando a escrita, o império romano, a queda do mesmo, instauração da igreja (e agora, com ela, a noção ocidental de fim do mundo); a determinação da igreja por adotar um bro chamado Jesus como marco zero dos anos, o feudalismo, renascimento (e alguns gênios como Da Vinci que trouxeram um nova luz tecnológica ao mundo), iluminismo...
    Foram tantos fins de mundo, tantas coisas que mudaram TANTO nossa vida e de fato foram fins do mundo como o conhecíamos.

    E aí veio a revolução industrial. E a capacidade do homem de criar. Em massa.
    Tivemos acesso a meios de produção muito mais eficazes, reduzindo trabalhos de 1 mês pra poucas horas. E com isso a necessidade de matéria-prima em grandes quantidades. Alimentado pela nossa vontade incessante de ter mais conforto, mais qualidade, mais dinheiro (que agora já se tornava a força-motriz mais poderosa do mundo, deixando até o lado bélico para trás!), mais e mais e mais e mais.
    E isso espalhou-se pelo mundo. Houve umas tentativas de atenuar a exploração, não permitindo o uso de força de trabalho infantil e reduzindo a carga horária - e assim foi feito. E tudo correu como bem conhecemos, chegando a este cenário onde consumimos 3-4x mais do que o mundo pode nos fornecer, nesta bomba relógio sócio-ambiental.

    Estamos, então, nos dias atuais, onde há tecnologia e informação. Saúde, qualidade de vida, conforto... Tudo como não tínhamos há milhares de anos. Mas vimos alguns traços dessa cultura milenar muito fundos, como pessoas se permitindo explorar, trabalhando muito mais do que deviam, com 2-3 empregos. Ou a democracia agindo de forma falha, bem como era na Grécia antiga (o conceito é lindo, mas não condiz com nossa realidade atual), os feudos continuam existindo (de uma maneira sutil, mas é só olharmos pra multinacionais que derramam os territórios feudais em locais separados, mas seus trabalhadores continuam vivendo por estas empresas e consomem muitos produtos da mesma - vide Unilever), continuamos buscando ter mais e mais, a escrita continua nas mãos de uma pequena parcela da sociedade (já viram como a grande massa sabe ler? Analfabetismo funcional na maior parte da população! E se tomarmos 'escrita' como 'conhecimento+entendimento' isso, de fato, estará nas mãos de pouquíssimos).

    Talvez seja a hora do mundo acabar mesmo. De todas essas correntes de conceitos e preconceitos serem rompidas. De deixarmos essas pesadas algemas de preguiça de lado. De mudarmos nossos conceitos, nossas visões. De entendermos que a busca não deve ser por uma religião definitiva, pelo produto mais moderno, pelo país mais forte e sim pelas pessoas mais felizes, mais saudáveis, de bem consigo mesmas. Entendermos que o poder não é de um governo, mas sim das pessoas, e que o conhecimento trás poder, que o povo junto muda o que quiser. Entendermos que o fim do mundo é decretado por nós, quando quisermos, assim que compreendermos o que realmente queremos, e não mais perseguirmos ideias milenares e obsoletas. Busquemos ser felizes e respeitar os coleguinhas, e o mundo será um lugar melhor, e terá acabado... Como o conhecemos! =]

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

HQ [1]

Dica do dia: quadrinhos são ótimas ferramentas de exposição de ideias!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Homofobia



E então a gente se depara com a cena. Dois caras se beijando. A reação de alguns é um repúdio imediato, em forma de transfiguração do rosto, fazendo caretas ou comentários maliciosos. Alguns acusam de não ser de "deus". Alguns não ligam. Alguns zoam. Alguns fingem que não viram, e guardam alguma coisa negativa daquele. É difícil alguém que encare com naturalidade.

Mas uma criança, desde que não tenha sido alienada pelos pais sobre o lado sexual, e que ainda está livre de conceitos, encarará aquilo com naturalidade. Não verá problema algum.

É da preferência da pessoa, de cada indivíduo, o que gosta, ou o que faz entre quatro paredes. Não tem a ver com frescuras, com má-criação. Ou o que falaríamos sobre japoneses que gostam de loiras, ou loiras que gostam de negros (o certo seria preto, mas já falei isso, acho), ou os negros que gostam de ruivas, ou as ruivas que gostam de (...); não importa a preferência. Mas parece haver menos relutância em pessoas que praticam zoofilia aos gays!

Pessoas que "transam" com vegetais, animais, ou bonecas... São tratados com normalidade. Quem se fantasia durante o sexo, também é visto com normalidade. Então QUAL O PROBLEMA DA PESSOA ESTAR COM ALGUÉM DO MESMO SEXO?

Esse repúdio todo data dos gregos que, quando jovens aprendizes, eram forçados a dormir com seus mestres, afim de obter favores, acesso ao conhecimento, melhor treinamento como soldados, entre quaisquer outros favores - e esse ódio foi reprimido e transmitido hereditariamente pelas gerações, implícito, até se manifestar nos dias de hoje.

Não se tem a ver com má índole da pessoa! O que te faz gostar mais de verde do que de branco? Ou de brigadeiro mais que beijinho? Ou de filmes de ação do que suspense?

Você não consegue gostar de alguém do mesmo sexo? Se você é homem, não tem um amigo, a quem abraça, dá tapinhas nas costas, por vezes até no bumbum? Se você é mulher, não tem aquela sua amiga que experimentam roupas no mesmo quarto, confessam segredos?

E você, como homem ou mulher, não consegue distinguir um cara bonito de um cara feio - ou uma mulher gatona de uma mais sem graça? Se não conseguem isso, vocês tem um problema sério de preconceito. É como torcer pro Palmeiras e achar que todos os jogadores do Santos são ruins. É alienação. Todos nós conseguimos.

Do mesmo jeito que você, homem, consegue achar um cara bonito e você, mulher, consegue achar uma mulher bonita, há pessoas que não só acham bonito, como se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo. É preferência - e PONTO!

A homofobia nem sempre está explícita. Muitas vezes está guardada em pequenos atos, sinais meio imperceptíveis, ou tão guardados que nem quem sente percebe. Temos que ter o cuidado, e abrir nossa mente.

Muitos dos gays que conheço são profissionais excelentes, os melhores do setor, ou estudantes excepcionais. Tem que ser os melhores, para serem reconhecidos na sociedade, e não serem "exilados" ou marginalizados.

Não há mal algum em uma união de dois cidadãos homo. Aliás, há algumas vantagens, pois teremos um casal apto a cuidar de crianças que não tinham lar, mais dinheiro no mercado interno, pois teremos mais famílias (mesmo de duas pessoas, é uma família, vai procurar um imóvel, mercado imobiliário e talz), entre N outros fatores que por ignorância e preguiça de pesquisar sobre, paro por aqui.

Então me digam, qual o problema com vocês, homofóbicos? Um hábito milenar que não leva a lugar algum, sem motivo concreto? Isso é inveja? Medo de sentir atração por pessoa do mesmo sexo? Me poupem. Sejam racionais! O mundo precisa evoluir!
=/

Aposto que ninguém consegue mostrar o contrário pra mim. Podem até tentar argumentar, e estou aberto aos debates o/

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Brasil e a nova TekPix®

   Olá meu escassos leitores! Venho agradecer as 3000 visualizações do blog desde sua origem (Janeiro do ano passado). É bacana ver que o blog tem uma certa movimentação. OK que é pequena - blogs de conteúdo humorístico atingem 10-15 mil visualizações por dia . Mas neste post vou conversar um pouco sobre isso... Mas quer saber? Chega de falar do Estopim, vamos falar da Nova TekPix!!!


   Ela é a única filmadora 7 em 1 do mercado (ou pelo menos é o que eles querem que você acredite). Filma em qualidade digital, tira fotos de até 12 MP, grava sons, serve de web cam, função pendrive, mp3 e mp4 player! É tipo um celular que não faz ligação, desses mais modernosos.
   O interessante é que ela custa quase mil reais (R$958 e uns quebrados, à vista), e tem gente que compra.




  • A TekPix e a Propaganda
   O produto não é exatamente bom. Nem necessário. E é caro. E por que compramos, afinal?
   A propaganda foi uma das invenções mais eficazes do homem; já fez e ganhou guerras, já salvou economia de países, já. Um exemplo medonho da força da propaganda, abaixo:
   Na cabeça de um adulto já faz estrago. Agora imagina isso sendo apresentado para crianças... Não precisa ser um gênio para perceber que, se em 1943 a propaganda já estava nesse nível, em quase 70 anos ela avançou - e muito - o suficiente para fazer uma senhora "lavagem cerebral" na cabeça de gente grande. E somos impelidos a fazer coisas que não são nem um pouco vantajosas, como comprar uma TekPix. Nada contra, mas nunca conheci um consumidor feliz do produto...


   A Propaganda trouxe um novo conceito de vida, junto com o século XX, impulsionada pelo uso de recursos inovadores: o rádio e a televisão.
   A televisão, aliás, é um monstro: ocupa nossa visão e audição, que são responsáveis por mais de 3/4 de tudo que, conscientemente, repassamos ao cérebro. Logo, ocupa mais de 75% da nossa cabeça, sobrando pouco para analisarmos a veracidade e a coerência das informações repassadas por este meio. Fica fácil repassar uma mentira assim.


   Com essa nova possibilidade e abrangência de recurso de mídia, surgiu um novo conceito...




  • A Cultura de Massa
   Podemos dizer que há uma simbiose entre a cultura de massa, a mídia da propaganda e o que isso gerou, chamado de pós-modernidade (no sentido empregado por Stuart Hall e Gilles Lipovetsky, explico mais tarde). Mas tentemos entender como funciona isso, para continuarmos na análise.
   A arte diverge em ramos distintos. Parte torna-se elitizada. A outra parte teve um tratamento de globalização e foi instituída de alguma forma, como um padrão mundial, o qual fomos induzidos a seguir como o bom. Trata-se de uma música (ou seriado, ou filme, ou *insira aqui manifestação artística popular*) que é amplamente divulgada pela mídia, ao mundo todo, e vira uma espécie de moda em muitos locais. Vejamos o exemplo sensação do verão 2012, nas suas diversas formas:
a original
inglês
alemão

espanhol
   OOOOOOOOOOOOOOOK, paremos por aqui!

   Acho que foi um dos primeiros sucessos brasileiros a cair na cultura de massa (também chamada de cultura pop). Houve uma época em que exportávamos bossa nova e MPB, mas isso foi para o ramo elitizado. Apenas pessoas com mais posse têm a oportunidade de frequentar locais que sejam oferecidos outros tipos de música.
   E, como todo bom humano, temos preguiça de correr atrás, já que tem um mundo sendo despejado em nosso colo, e acabamos por acatar. O modo com que isso é apresentado para nós faz com que ignoremos totalmente ou parcialmente algumas artes, como o teatro, shows de pequeno porte, artes visuais (das mais antigas, como esculturas, telas), por serem pouco rentáveis ao mercado. 
   O entretenimento virou uma indústria. E como aprendo na engenharia: uma indústria tem que produzir e fazer o marketing necessário para vender um produto barato, de qualidade duvidosa e ao maior número de pessoas, para obter o maior lucro. Basta seguir esta fórmula para chegarmos a este ponto. Temos artistas que tem potencial para fazer músicas decentes, nada triviais, mas são impelidos pelo mercado a fazer o lixo artístico, para ganhar dinheiro (é como aquela conversa de Sócrates e Polemarco, em "A República", de Platão, sobre o bom profissional e sua definição, há milhares de anos, e o dinheiro corrompendo a galera desde lá...). O interessante é ver como esse tipo de arte é recursiva e metalinguística: ela fala sobre si mesma, e diz como ela é boa, e como ela faz as pessoas felizes!!! Acompanhada de uma dose de globalização, afinal, party rock é legal em qualquer canto do mundo. (Cada música/filme Vejamos:



   (UAU! Legal ser Party Rock, não? Prontos para dançar e serem legais?)
   Caímos então no conceito da cultura pop, ou cultura de massa, onde há um certo movimento contra-artístico, que é o principal induzidor de um novo estado da sociedade, proposto por S. Hall e G. Lipovetsky, que eu citei acima, chamado...


  •  A Pós-modernidade
   Minha suposição, que espero que considerem após ler esta explanação, do real estado dos Estados ocidentais ou ocidentalizados. Induzidos pela mídia geral, trata-se de um movimento de vários setores. Temos produtos (como a nova TekPix), músicas (tipo Michel Teló, só que de todos os cantos do mundo), programas de televisão mostrando como viver nessa sociedade é bom e como podemos nos encaixar.
   De um modo bem grosso posso dizer que enxergo na nossa sociedade algo próximo às castas indianas: nós nos tornamos, por conta, classes. Fizemos uma rotulação espontânea entre as camadas sociais aliadas às etnias e escolaridade (algo assim: se vemos um branco feio e pobre, é um coitado; um preto feio e pobre - normal, remete às origens da nossa sociedade, onde pretos eram escravos; se é branco e rico, normal; se é preto e rico, deve ser muito bom no que faz - já que os brancos não precisam ser tão bons assim, pelo jeito, ou por serem naturalmente bons ou porque a sociedade dá todas as condições para um branco emergir...). Quem é pobre, será pobre, já que não tem como sair da favela. Quem é rico, vai mostrar que é rico, roubar os pobres na cara dura - eles não percebem, ou se percebem estão tão acomodados que não irão lutar. 

   Esse comodismo é dado pelos conceitos de valores de uma sociedade pós-modernista, onde a globalização diminui as culturais regionais, usando da Cultura de Massa para sustentar essa visão de mundo. Supondo que estamos alienados e nossa mentalidade está focada no que dão para a gente, fica fácil redigir todo um novo código de ética/moral, dando novas enfases para velhos conhecidos. Podemos dizer, dentro do conceito de pós-modernidade que temos como prioridades a ética hedonista (cultura de venerar o prazer imediatista, a total ausência de dor e o bem estar para o maior número de pessoas possível - lembrando que o conceito de bem-estar individual e grupal foi MANIPULADO pela cultura de massa, logo, você percebe que quem tá na lama não quer sair dela por puro comodismo - logo, tem seu bem-estar garantido), o individualismo (para evitar a união dos indivíduos, trabalha-se com o lado individual, mostrando que ser um indivíduo único é muito bom. Acontece que desunidos, ninguém lutará pela melhora de sua condição; além de exacerbar o egoísmo), o consumismo (vamos comprar produtos desnecessários para que tenhamos bem-estar; vamos comprar este MEIO DE VIDA) e a fragmentação do tempo e espaço, demarcando bem as horas, forçando-nos a seguir o tempo e fragmentando nosso espaço, onde cada casa é uma e única... só para dificultar ainda mais o agrupamento de pessoas que pensem fora disso.

   Copiarei um trecho de um artigo interessante:

"Em "A Identidade cultural na Pós-Modernidade", Stuart Hall (2003) busca avaliar se estaria ocorrendo uma crise com a identidade cultural, em que consistiria tal crise e qual seria a direção da mesma na pós-modernidade. Para efetivar tal intento, analisa o processo de fragmentação do indivíduo moderno enfatizando o surgimento de novas identidades, sujeitas agora ao plano da história, da política, da representação e da diferença. A preocupação de Hall também se volta para o modo como haveria se alterado a percepção de como seria concebida a identidade cultural. Todos esses aspectos constituem-se como fases de um procedimento analítico que intenta descrever o processo de deslocamento das estruturas tradicionais ocorrido nas sociedades modernas e pós-modernas, assim como o descentramento dos quadros de referências que ligavam o indivíduo ao seu mundo social e cultural. Tais mudanças teriam sido ocasionadas, na contemporaneidade, principalmente, pelo processo de globalização.
A globalização alteraria as noções de tempo e de espaço, desalojaria o sistema social e as estruturas fixas e possibilitaria o surgimento de uma pluralização dos centros de exercício do poder. Quanto ao descentramento dos sistemas de referências, Hall considera seus efeitos nas identidades modernas, enfatizando as identidades nacionais, observando o que gerou, quais as formas e quais as consequências da crise dos paradigmas do final do século XX.
Desde a década de 1980, desenvolve-se um processo de construção de uma cultura em nível global. Não apenas a cultura de massa, já desenvolvida e consolidada desde meados doséculo XX, mas um verdadeiro sistema-mundo cultural que acompanha o sistema-mundo político-econômico resultante da globalização.
A Pós-Modernidade, que é o aspecto cultural da sociedade pós-industrial, inscreve-se neste contexto como conjunto de valores que norteiam a produção cultural subsequente. Entre estes, a multiplicidade, a fragmentação, a desreferencialização e a entropia - que, com a aceitação de todos os estilos e estéticas, pretende a inclusão de todas as culturas como mercados consumidores. No modelo pós-industrial de produção, que privilegia serviços e informação sobre a produção material, a Comunicação e a Indústria Cultural ganham papéis fundamentais na difusão de valores e idéias do novo sistema. ".


Ou seja...
   Estamos vivendo em uma época onde fomos forçados, pela indução da propaganda, a nos marginalizar da sociedade e sermos conduzidos como marionetes, embora nos seja transmitida a noção de individual e de bem estar. Acreditamos que estamos vivendo na liberdade quando estamos presos a um conceito surreal de felicidade.

   Por vezes temos atitudes das quais não nos orgulhamos, mas somos postos a prova pela sociedade para que façamos. Pessoas, para serem diferentes, ou demonstrarem ferrenhamente sua personalidade, se tatuam, colocam piercings, mutilam o próprio corpo - e chamam isso de bem-estar (nada contra, é até bonito na maior parte dos casos, salvo casos exagerados).
   E se estamos felizes, porque vamos lutar pela mudança? Não se trata só de uma questão social. Em todos os ramos da sociedade nos acomodamos. Somos consumistas sem noção do social, sem noção política! Mudaram tanto nossas raízes que perdemos toda nossa memória sócio-política! Não temos mais bases, referências! Como podemos lutar desarmados de nosso senso? Não só do bom senso, mas com o senso comum, nosso principal canhão, virado para as estrelas (as Hollywoodianas, geralmente...) ??? Alguns buscam refúgios em grupos, mas não percebem que estão sendo manipulados pelos mesmos crápulas que se dizem diferentes (NÉ DCE?... Como uma sigla de 3 letras que não usa mais do que o intervalo entre a 3ª e a 5ª letra do alfabeto pode ser um grupo tão estúpido, formado por pessoas tão inteligentes?)


   Tá insatisfeito(a)? Então vem comigo, que a gente vai mudar um pouco isso, bem devagarzinho, mas vamos nos ajudar para sair dessa alienação doida do mundo =P




Sei que to devendo uma continuação da batata e os cinco macacos. Uma hora arregaço as mangas e parto pra frente. Por enquanto falta incentivo. As pessoas pararam de ler e discutir sobre os assuntos, eu desanimei. E nenhum dos colaboradores está na ativa, o que dificulta as coisas... Vamos ser um pouco mais ativos, galerê???



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Novo contribuinte

Boa noite.
Meu nome é Filipe Rocha. 31 anos, formado e pós-graduado na área de Letras. Rock'n'roller convicto, adepto do PUNK rock e afins (mas sem mediocridade, meu gosto musical é bem amplo). Sou guitarrista do SLOWNAGY (www.myspace.com/slownagy) e baixista do SUPERDRIVE (http://www.myspace.com/superdriveband). Dou aulas de Inglês, faço traduções (precisando...). Também já me meti a organizar eventos de bandas underground. Curti horrores, mas tive que parar por motivos financeiros.
Venho contribuir para o blog do meu amigo Otávio como pensador e questionador. Gosto de trocar idéias e de me expressar, acho que precisamos disso.
Agradeço muito o convite de Otávio, já chego mandando um abraço a todos os envolvidos com o o blog.
E que se acenda o estopim!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Da batata... aos 5 macacos (parte IV)

Acho que vou fechar esta "trilogia da batata de 4 partes" neste tópico.

Queridos leitores... Eu iria agradecer pelas 2000 visualizações totais (desde a criação do Estopim), no começo de fevereiro, mas mal pude notar quando ultrapassamos esta marca, e também passamos as 2500 visualizações. Antes que chegue às 3000, vim dar o ar da graça! Demorei para voltar a escrever, mas assim o farei pois parece que a galera deu uma acalmada.
Gostaria de agradecer pela assiduidade/constância nos acessos, me deixa muito contente! =D
Ah, e vou adotar o sistema do Giuliano de separar em tópicos para facilitar visualização!

5 Macos + Batata
Vou começar contando uma história para vocês.
Provavelmente já tenham ouvido este conto, seja com banana ou com batata doce, mas é assim:

'Cientistas fizeram um experimento, onde colocaram 5 macacos em um recinto. No centro deste recinto, havia uma escada/plataforma que os macacos poderiam chegar no topo, onde havia uma batata doce. Assim que um macaco pegasse a batata, era disparado um jato de água muito forte nos macacos que estavam embaixo.

Isso repetiu-se por 3 ou 4 vezes, até que, quando um macaco tentava subir na escada, os outros quatro desciam porrada nele, e puxavam para baixo.

Terminada esta etapa de "educação" dos primatas, substituíram um macaco, que tentou nem tentou subir e foi coibido pelos demais. E desistiu na primeira tentativa.

E o segundo a ser substituído, sequer tentou escalar as escadas, bem como o terceiro, quarto e quinto. Quando todos macacos foram substituídos, nenhum deles escalava a escada, e a batata doce ficou lá; eles queriam a batata, mas por motivo qualquer eles não iam atrás. E nenhum deles viu um jato de água, estavam ali por estarem.'

Esta é nossa realidade.


Desmentindo o mito:
Esta história é só uma lenda urbana, ora contada como 5, ora como 8 macacos. Entendam como quiser.
Mas é um mito. Alguns dizem que foram cientistas ingleses, outros, japoneses.
Na verdade, é uma citação de dois escritores ocidentais, Watson e Keyes, que são Gurus "New Age". Elayne Myers, que não sei quem é, mas lendo os artigos presentes nos volumes 2,3 e 6 do Centro de Estudos de Macacos do Japão, disse que o fenômeno não seria sustentado pelos primatas.

Posteriormente, ao ser analisado a fundo, o fenômeno foi pesquisado pela "Sociedade Céticos" (Skeptic Society), onde, sob uso de literatura adequada do filósofo Ron Amudson, e apoio de vários biólogos, demonstrou que o mito seria possível, se aplicado a uma população de mais de cem macacos.

Ok, e?
Acontece que a adaptação não seria tão rápida, levaria anos, e substituição dos macacos velhos por novos, assim que os velhos morressem. Os macacos velhos insistiam em subir na escada, não se importando em apanhar, enquanto os novos aprendiam com os mais velhos que apanhariam, por observação. Seria um efeito bem mais 'mundano', com características quase humanas. Mas aconteceria. Embora não da forma prevista.

E o que eu e você temos a ver com isso?

De verdade? Nós somos os macacos.
E não, não estou falando do cunho evolutivo, de onde erroneamente dizem que viemos do macaco. Não viemos do macaco! Temos um ancestral em comum!!! Tem uma GRANDE diferença, mas não vou explicar de genética nesta postagem, fica pra próxima!

Somos os macacos, e nos tornamos alienados a uma realidade, a uma condição imposta.

Um exemplo prático?
O que fazem quando vêem um morador de rua? Que tipo de apoio prestam? Não financeiro, até porque não é disso que precisam. Quantos aqui tem alguma atitude em prol dos moradores de rua?
Recentemente, Vitor Suarez Cunha, 21 anos (rapaz, desculpe por vincular seu nome aqui. Aceito reclamações posteriores), para quem não sabe, foi o rapaz que foi espancado, no Rio de Janeiro, após pedir para que cinco jovens parassem de bater em um morador de rua.
O interessante é que ele não considerou o ato como heroico, e disse que faria de novo. Ele é um macaco diferente de nós, que estamos alienados. E ele apanhou por isso. Apanhou tanto que colocaram 63 pinos no rosto dele. E mais, disse que faria tudo de novo.

Ok, foi um exemplo LITERAL do assunto. O cara é sim meu herói, e se eu encontrar ele na minha frente eu sentiria vergonha de ser o que sou, com pessoas como ele por aí.
Mas onde quero chegar?

Somos alienados por condições impostas há muito tempo. Repetimos jargões ditos em outras eras (afinal, as eras andam mudando com uma grande constância neste ritmo acelerado que estamos atirados). Refazemos o que sabemos que é errado, continuamos com atitudes prejudiciais a nós mesmos a ao meio ambiente e ao coleguinha.

Acenamos positivamente com a cabeça quando vemos um bandido sendo morto, ou quando um grupo de sem-tetos é expulso de uma região. Ou quando vemos um filme qualquer, feito por um grupo de pessoas que usa de esteriótipos para manipular do que gostamos ou não.
E esse é o real problema. Nos deixamos manipular. Como a Bárbara disse, em texto anterior, a mídia nos manipula. As propagandas nos manipulam. Mesmo os livros (quanto mais comercial, mais manipulador, generalizando).

Nos adequamos a nos adequar ao que os grandes querem. E como Robert Happé disse uma vez: nós não gostamos disso, as empresas, nossos chefes, nossos professores também não gostam; ninguém gosta - mas continuamos assim, e sofremos! E continuamos a sofrer, mesmo sabendo que estamos errados!

Por que não há a quebra deste paradigma? Para quem não sabe, 'paradigma' é um padrão a ser seguido, um modelo concebido, cientificamente, filosoficamente.

Nós permitimos que houvesse essa matriz pela qual passamos. Temos nossa cabeça condicionada a sobreviver neste meio.

De fato, não vou encerrar este assunto aqui, deixo aberto para discussões e ideias que me ajudem a concluir  o tema. Assim que discutirem o suficiente, coloco a segunda parte.

Mas dou uma lição de casa para vocês, que explico no próximo tópico que colocar aqui: CONVERSEM com um morador de rua. Se não têm esse apetite todo, converse com algum vizinho que você nunca conversou. Procurem saber a história dessa pessoa, experimentem conhecer um indivíduo que não partilha das mesmas ideias que você, e me contem como foi.

Com carinho,
Vud o/

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Google e suas políticas (parte 3)


Estamos, desde anteontem, dando uma espiadinha nas mudanças de políticas do Google, que vão entrar em vigor em março deste ano. Vimos como a política de privacidade é tanto sobre a segurança dos dados quanto que dados são capturados, bem como a forma que o Google usa esses dados. Mas, além disso, nós aceitamos usar os serviços de acordo com algumas regrinhas, que são descritas nos...

TERMOS DE USO

Esse é mais tranquilo. É o contrato que você aceita ao criar sua conta no Google, e também, implicitamente, ao usar os serviços disponíveis. Fala sobre a proteção de direitos autorais, sobre o Google poder usar informações de uso suas para melhorar os serviços (e as propagandas, of course), privacidade (referencia a política anterior) e de quem é a responsabilidade sobre vários assuntos.

Por exemplo: a empresa vai tentar, de todas as formas, se proteger de danos causados por usuários, mas se o usuário estiver usando tudo corretamente, não evitará de sofrer penalizações por danos causados ao usuário, de acordo com os direitos do consumidor do país do usuário, inclusive.

Sobre responsabilidade: não garantem nada. Como boa parte do conteúdo exibido pela Google não é de sua autoria, ela tira o dela da reta como puder, não garantindo nada além de tentar manter o serviço de pé, já que acredita ser sua responsabilidade com o usuário, desde que ela ofereceu o serviço.

Aliás, por falar em garantias, existe a citada, que é a garantia de qualidade, e tem também garantia de segurança de informação e de acesso aos dados de um serviço a qualquer momento, em especial se este acabar por ser encerrado ou descontinuado.

Existe uma parte, de onde vem a maior parte das críticas, que existe desde sempre e que continua neste contrato. Eu vou colar ela inteira para que seja bem transparente a visão do que é dito lá:

“Quando você faz upload ou de algum modo envia conteúdo a nossos Serviços, você concede ao Google (e àqueles com quem trabalhamos) uma licença mundial para usar, hospedar, armazenar, reproduzir, modificar, criar obras derivadas (como aquelas resultantes de traduções, adaptações ou outras alterações que fazemos para que seu conteúdo funcione melhor com nossos Serviços), comunicar, publicar, executar e exibir publicamente e distribuir tal conteúdo. Os direitos que você concede nesta licença são para os fins restritos de operação, promoção e melhoria de nossos Serviços e de desenvolver novos Serviços. Essa licença perdura mesmo que você deixe de usar nossos Serviços (por exemplo, uma listagem de empresa que você adicionou ao Google Maps). Alguns Serviços podem oferecer-lhe modos de acessar e remover conteúdos que foram fornecidos para aquele Serviço.”

Por isso lembre-se sempre: você passou por lá e disse “TL;DR”, então seja cuidadoso ao vender a sua alma, porque você só tem uma xD.

E, com isso, minhas últimas palavras...

INFERÊNCIA

Ato ou efeito de inferir, do latim, inferre: deduzir por meio do raciocínio, tirar por conclusão ou consequência. Esta é a palavra que define o que empresas como a Google e o Facebook fazem com a informação que lhe é disponibilizada, de bom grado, por nós, em troca de seus serviços gratuitos (ou quase), dos quais tanto gostamos ou precisamos.

Na computação, inferência sobre dados é uma ferramenta poderosa, com a qual, eu tendo seu nome, sua idade, seu parentesco, local de trabalho, fotos marcadas com os amigos que você sai, os locais para os quais gosta de ir, os assuntos de que mais posta (digo, fala), onde estuda/estudou, com quem se relaciona, o que busca na Internet, em quais anúncios clica, quais vídeos assiste, o que escreve em seus documentos, como está sua agenda para amanhã, quais são seus e-mails (você já até esqueceu do que eu estava falando, né xD), enfim, se eu tiver todas essas informações, a tal inferência pode me dizer mais sobre você do que você mesmo pensa, ainda que jamais alguém escreva sua biografia.

Just connect the dots ;D


Footnotes
Para quem está a fim de ler as novas políticas, elas estão completas e acompanhadas de um resuminho (e de suas versões anteriores) em http://www.google.com.br/intl/pt-BR/policies/privacy/. Eu recomendo altamente a leitura, já que lá você pode encontrar informação muito clara e objetiva, de uma forma que, por brevidade, eu não usei aqui. Boa leitura :-)

Um passado um Futuro e um Presente na pá de um trator nas mãos de um governo assassino.

No dia 02-02 em São José dos Campos onde ocorreu o Ato  em apoio aos moradores que foram desalojados no Pinheirinho. Dois ônibus saíram da Unicamp levando estudantes e doações, essas que foram entregues em mãos aos desalojados. Antes de irmos para o alojamento e depois do ato que o ocorreu, com, chuto eu, mais de cinco mil pessoas, passamos tristes e amargurados 15 minutos sobre os escombros de onde ficava uma das maiores ocupações urbana da America Latina, e agora não passa de  muito entulho caído no chão, e no meio de tijolos, pedras e concreto, encontra-se um sentimento de revolta materializados em objetos deixados para trás, cadernos, brinquedos, moveis comprados com muito trabalho e roupas, com uma marca famosa estampada, era nada mais nada menos que um uniforme do Mc Donald, deixando claro que quem deixou aquilo lá,  são trabalhadores e trabalhadoras, que com seus baixos salários não poderiam de forma alguma manter uma família de forma digna e ainda pagar os altíssimos alugueis para especuladores imobiliários, mostrando pra quem quisesse ver, quase escrito naquelas ruínas, “Aqui morava a família de  um(a) trabalhador (a)”, diferente de como muitos pessoas reproduzem o que querem os poderosos, que naquele lugar só tinha bandido e aproveitador que queria terra de graça. Saindo das ruínas fomos até um dos “alojamentos”, se é que assim pode ser chamado, onde esta uma parcela dos moradores expulsos de suas casas, e lá encontramos todos em condições desumanas, das quais eu e outro companheiro, do rompendo amarras que fotografava  o dia, nos sentimos mal de registrar,  e assim nem ligamos nossas câmeras. Uma frase colocada em uma das barraquinhas de lona montada em um ginásio de esporte, apoiada onde deveria ser um banco de reservas, onde no momento em que chegamos estava sentada uma criança de uns 13 anos, chamou minha atenção com a seguinte descrição “ Rua da esperança. Sem número, sem teto”. Pois é essa a política dos nossos governantes vigentes. No caminho para casa, passamos novamente ao lado de pinheirinhos, e seguimos estrada, sem demora, quando já findava os escombros da barbárie , surgiu uma portaria luxuosa, e logo atrás dela algumas dezenas de mansões. Indignação, tristeza, e vergonha de ser brasileiro isso que eu, e creio que todos nós que tivemos essa experiência, sentimos. Mas toda essa indignação se refletiu em nossas palavras de ordem que entoamos durante todo o dia, às vezes com um sorriso no rosto, mas um sorriso por encontrar mais pessoas que estão do lado na nossa luta, que hoje foi por Pinheirinho, mas que sem dúvida é uma guerra longa contra todas as formas de exploração de um sistema capitalista. . Se for provado que esse governo não é assassino de pessoas, é no mínimo um exterminador de sonhos. 






quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Google e suas políticas (parte 2)


A Google é uma gigante da Internet e dela depende para viver. Seu domínio é o processamento de informação presente na rede, e é disso que ela vive, e é isso que ela sabe fazer, e muito bem. Mas como a Google trabalha?  É isso que nos leva ao nosso próximo tópico...

DATAZ, WE NEED MOAR DATAZ

Dados são tudo. E quanto mais, melhor. Rola uma história no IFGW que teve um cara que repetiu aquele experimento medíocre de jogar bolinha na rampa over nine thousand vezes, só pelos dados. Por quê? Maluco? Sim, mas é claro que só um louco para perder a vida com isso. Mas, além de tudo, ele fez isso para disponibilizar um conjunto de dados tão rico que qualquer análise posterior poderia ajudar a manter a física clássica de pé, pelo menos até onde se precisa dela.
O que a Google faz é usar a Internet para obter dados sobre... tudo. Em poucas palavras, ela vasculha a internet via links entre as páginas (técnica chamada de Web Crawling) para extrair tudo da rede, e indexar cada conteúdo para uso futuro.
Fora os dados, a Google disponibiliza serviços gratuitos (boa parte) via cadastro, o que rende as informações mais valiosas que ela poderia ter: as suas. Ou melhor, as nossas. Bem, obtidos os dados, vamos ao que interessa...

PROCESSAR TODOS OS DADOS!

Sempre falei isso para as pessoas: não importa se o Google ou o Facebook guardam poucos de seus dados. O perigo não reside nos dados, e sim o que se pode fazer com eles.
Então vamos à prática. Eu sei ou tenho noção do que o Google faz com esses dados? Mais ou menos, mas não vou saber nem em sonho quais são os experimentos que eles fazem por lá. Nos importa saber das novas políticas e os pontos importantes que ligam nós, nossos dados, e o Google.

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Essa aí dita o que o Google se permite fazer com seus dados. Au point.
  • ·         O Google se permite usar suas informações pessoais e combiná-las com informações de uso tiradas de outros de seus serviços e de terceiros para aprimorar a qualidade dos produtos fornecidos.
  • ·         Pode fornecer essas informações a terceiros se achar que, além de isso ter garantia de segurança de informação, for necessário para cumprir obrigações legais ou impedir o abuso de usuários às informações de outros, bem como danos a outrem.
  • ·         Ele pede por cookies para armazenar pequenas informações, como preferências de uso, em seu computador.
  • ·         Garante a si o privilégio de armazenar, se achar necessário, informações sobre uma requisição de uso, como idioma do navegador, endereço IP, hora e data da solicitação e a solicitação HTTP feita. Isso também inclui a própria interação com o serviço (onde você clicou, de onde veio) e qualquer outra informação que possa identificar o navegador e a conta. Isso inclui o dispositivo usado no acesso, seja ele um computador ou um smartphone. Inclui também informações de hardware, problemas, número de telefone (se aplicável), coisas do tipo.
  • ·         Quando você usa uma extensão de terceiros por meio do Google, os dados são processados de acordo com esta política. Os dados coletados pelo terceiro sofrem a política do mesmo.
  • ·         O Google pode pedir informações de localização geográfica suas. Isso pode incluir dados de GPS de celular (ele pergunta antes, é claro), informações de GeoIP, referenciamento via informações de dispositivos próximos, o que estiver disponível e for aplicável.
  • ·         Ao usuário são dadas ferramentas para restringir e personalizar como as informações são tratadas, onde podem ser usadas, como e quais podem ser exibidas e quais podem ser capturadas.
  • ·         Ah, é claro: o Google pode usar as informações (todas elas) para decidir do oferecimento de produtos e serviços, bem como a ordenação de links patrocinados que aparecem por todos esses serviços.
  • ·         As informações coletadas também são usadas a fim de fornecer, manter, proteger e melhorar os serviços e proteger os direitos e propriedades do Google e de seus usuários.

Esses são alguns dos pontos interessantes do documento. É bom adicionar que o Google cuida desses dados do melhor jeito que pode, e eu realmente acredito nisso. A sacanagem é se os dados caem em mãos erradas. Ou quem sabe já estejam... MWA-HA-HA.

Quem sabe agora, de posse dessas informações você não esteja mais seguro em relação ao destino de tudo que você põe nas mãos da Google? Na verdade, há mais uma surpresa, que está guardada no meio dos Termos de Uso, nosso próximo assunto. Até ;)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Google e suas políticas (parte 1)


Dia desses eu fui usar o serviço de tradução do Google e notei uma linha de aviso logo acima das caixas de texto na página. Ela dizia:

We’re changing our privacy policy and terms. This stuff matters. Learn more Dismiss

QUAL É A DESSE ARTIGO?

É, desse tamanho aí mesmo. A empresa está trocando seus Termos de Uso e Política de Privacidade. As novas entrem em vigor em 1 de março, e ela está avisando todo mundo já deve ter algum tempo.

POR QUE DIABLOS EU ESCREVI ISSO?

Não vai ter muita gente perguntando “bah, e eu com isso?” porque claro que todo mundo sabe que essas regras se aplicam a todos aqueles que usam algum serviço do Google, seja ele o buscador, o Gmail, Youtube, Translator, Maps, Docs, News, Groups, Adsense, Adwords, Alerts, Calendar, Blogger, Books e, é claro, produtos fora da nuvem, como o Android e o Chrome. Então todo mundo que usa sabe que pdoe ser afetado.

Mas, por outro lado, a reação geral é “okay, TL;DR¹ nesse negócio, eu sempre checo o ‘aceito’ e boa”. Até hoje não te deu problemas (provavelmente), então notícia pra você: vai continuar não dando (provavelmente).

Não que ficar lendo todos os mais de 60 contratos que estão sendo substituídos seja mentalmente saudável e viável em questão do tempo, mas cabe a nós ter pelo menos idéia do que está mudando, afinal são nossos dados.

OS MOTIVOS DO GOOGLE

Voltando ao número, de acordo com o Google, mais de 60 políticas estão sendo substituídas por uma única, o que deverá facilitar aos usuários saber o que acontece e torna mais simples a aceitação das condições de serviço (já que serão únicas). O Google tem se esforçado para integrar ao máximo seus serviços, de forma a disponibilizar suas ferramentas de forma complementar. É assim que você responde a uma thread² no Groups com um vídeo do Youtube seguido de um formulário do Docs, e ainda pode compartilhar os resultados da planilha via Gmail.

O DRAMA

Google disponibiliza serviços, pessoas entram, pessoas aceitam o contrato sem ler (diversas vezes), pessoas usam o serviço, pessoas são surpreendidas aleatoriamente, pessoas postam no Facebook/Twitter ibagens rclamando da Google por “não respeitar sua privacidade”. Assim é a vida, com ela viver temos que.

Pois é, mas essa é a inspiração deste artigo, evitar semanas de desentendimentos de Facebook porque alguém postou esse lixo e 8.426 pessoas curtiram, e 14.377 pessoas compartilharam o post. Isso e outros mais, que eu vou restringir à imaginação de quem estiver lendo.


A próxima parte fala um pouco sobre o Google, o que ele faz, e traz a primeira parte do assunto: a política de privacidade. Até lá ;)


¹TL;DR: “Too long; didn’t read”, jargão para “muito longo, nem li”. Demonstra nossa preguiça em ler as coisas xD
²Thread: a tradução mais interessante é “tópico”, como os de fóruns online. Alguém posta o assunto e os outros chamados no assunto comentam. No caso, o tópico é um email enviado via lista.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Desumanização e Alienação

Bom, não vou me alongar muito em apresentações porque o assunto que pretendo escrever é extenso. Sou Bárbara, do Rio de Janeiro, e cheguei aqui meio de intrometida. Fiz História e por isso minha escrita é um pouco chata, mania adquirida na faculdade, quando tínhamos de escrever muito. Não consigo ser sucinta. Peço que me perdoem se acabar sendo maçante para vocês.

Indo direto ao foco, como diz o título: Desumanização e alienação. Não vou tentar entrar no mérito de qual gera qual, mas gostaria de demonstrar como, nos dias atuais, em uma geração tão cheia de informações, ainda somo absurdamente manipulados e desvirtuados dos interesses mais necessários a nós mesmos.

Assim, pretendo falar de dois assuntos já muito comentados, mas mesmo assim muito importantes: a mídia e a internet. Como o papel dessas duas ferramentas gera atualmente essa desumanização e alienação em massa.

Por partes. Primeiramente a mídia. A mídia mais veiculada, a de acesso a (quase) todos. Utilizarei dois exemplos: revistas e televisão.
- Revistas: Me parece incrível como as revistas tem o poder de simplesmente ignorar a individualidade. Hoje em dia me parece (e essa é uma opinião com que muitos concordam) que elas servem a dois propósitos básicos: o partidarismo e a alienação.
Tomo como exemplo três revistas: a Veja, considerada por muitos a revista de “direita” do nosso país, claramente influenciada pelo PSDB; a Carta Capital, o outro lado, “esquerdista” e a Época, considerada mais de “entretenimento inteligente”.
Entendam, não sou eu quem diz isso, são muitas pessoas. Coloquei os termos em aspas (direitista, esquerdista) porque não considero que essa dualidade exista no nosso país. Oras, a Carta Capital (por um acaso, a menos acessível ao público em geral) é considerada a “Veja do PT”, mas qualquer pessoa que se considere de “esquerda” nunca concordaria que o PT faz parte dessa ideologia.

Coloco aqui então duas matérias e uma capa das três revistas citadas:
Veja:

Carta Capital:

Época:


De cara percebemos o teor político das duas primeiras, e o alienante da terceira. É aí que surge o grande problema (que ocorre na internet também, já que matérias dessas revistas são veiculadas online): Qual está falando a verdade? Se atentando a fatos? Por que a preocupação em falar sobre esses temas específicos?
Acho que respondi um pouco no que disse acima. Hoje não somos cidadãos, somos ‘mercado’, ‘número de estatística’, criminoso ou oprimido, imbecis ou heróis. O que me leva a:

- Televisão: Acontece o mesmo que com as revistas, com uma dose alienante muito maior. Ninguém resiste a falar do BBB, de A Fazenda, futebol, etc. Não me levem a mal, nada contra falar sobre isso, eu mesma sou apaixonada por futebol. O problema é como esse ‘entretenimento’ desvia o foco do que é principal. O que ocorre na nossa sociedade, o que ocorre conosco.
Entendam, os jornais televisivos também são absurdamente manipulados em suas matérias. Uma propaganda política absurda é feita pela Globo por exemplo. Ganha eleição quem tem mais dinheiro pra comprar tempo no horário político GRATUITO. E quando vemos coisas absurdas acontecendo acabamos lembrando que nós mesmos é que colocamos pessoas irresponsáveis no poder.
Não estou dizendo que isso é com todos, somente demonstro que a televisão faz muita diferença no pensamento da sociedade. Estamos sendo manipulados, viramos ‘massa’. Um gado, ao invés de pessoas. A desumanização se mostra, e dá precedentes para coisas absurdas, como o que aconteceu em Pinheirinho (para citar um exemplo atual) sejam vistas por nós como coisas ‘que acontecem’. O que consideramos ‘normal’ hoje, muitas vezes deveria causar indignação.

Caso Luíza do Canadá:


Parte II: Internet.
A internet é considerada por muitos “livre”, mas não é. Desculpem a falta de legenda do vídeo, não achei com, mas dá pra entender o que o apresentador quer demonstrar.

"O que o Google e o Facebook estão escondendo de nós":

O problema da internet é o mesmo da mídia, com um grande diferencial: a quantidade de informações e quem as passa. Por ser “livre”, qualquer pessoa pode escrever algo, postar um vídeo, uma foto no facebook... e isso gera inúmeros conflitos. Pois vemos dois acontecimentos: a inúmera controvérsia (um posta porque gosta, outro criticando) e a veracidade. Como saber se o que há no vídeo sobre determinado assunto não é editado de forma a dar lastro ao argumento de quem postou? Como saber quem está falando de fatos e quem está inventando? E mais, experiências pessoais, por mais que sejam veiculadas, podem ser desacreditadas, pois não caracterizam fato.

Como foi falado sobre Pinheirinho, vou utilizar o mesmo exemplo. O vídeo da reintegração. Ele foi utilizado por pessoas que achavam o que ocorreu absurdo, para mostrar o governo autoritário e a PM truculenta de SJC, como foi utilizado por pessoas que acreditavam que o governo estava correto, utilizando argumentos de que armas eram não letais e só foram utilizadas para deter a truculência da população revoltada.

Pinheirinho e a desocupação: 

Logo, concluo perguntando: O que é crível? O que é verdade? Há um lado certo? Há um errado? Como determinamos isso?
Sinceramente, eu (emitindo uma opinião) só posso dizer que devemos seguir nosso bom senso. Lembrar que existe o meio termo. Tentar entender e perceber o que a informação que estamos recebendo está querendo realmente nos passar.

Sei que, mesmo o post sendo longo, não me alonguei no assunto. Afinal, coisas para escrever não falta... na verdade sobra. Mas prefiro deixar aqui somente essa questão principal, nosso papel na sociedade atual e como estamos sendo absorvidos por essa cultura de massa, que nos ignora como indivíduos e nos lança à absoluta alienação, a ponto de acharmos engraçado a Luíza estar no Canadá e depois aparecer no jornal.

O que você escolhe?
http://www.youtube.com/watch?v=jB9DEZIsoIY


P.S.: Demorei um pouco, por causa de mensagens truncadas via internet, para ser adicionada, por isso o caso Pinheirinho talvez não seja mais tão recente... enfim, os exemplos poderiam ser outros mas decidi deixar porque não muda o que pretendo expôr... no mais, a Carta Capital se adiantou a mim e fez uma reportagem sobre o fenômeno internet e esse 'comportamento de gado' que nos expomos:
No mais, foi um prazer poder escrever aqui. Abraços.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Um Boi é tão ser vivo quanto um Cachorro.


Você gosta de cachorrinhos? E de gatos, bois, vacas, galinhas, chinchilas, jacarés, onça pintada, baleia...? E do facebook e twitter ?

Acho que muitas pessoas gostam dos animais assim como gostam de passar horas em frente as redes sociais postando fotos de seus bichinhos fofos ou dos mau tratos, que abomináveis seres humanos que se dizem seres racionais praticam. Essa junção de rede social, meio de vinculação de vídeos como o do caso do yorkshire, que foi espancado até a morte por sua dona, entre outros, possibilitou que muitas pessoas se organizassem no Brasil e no mundo para saírem tomando as ruas com palavras de ordem e  cartazes que chamavam a atenção para os mau tratos aos lindos animaizinhos, claro que essa não é primeira vez que isso acontece, mas no  Brasil as tenções geradas nos últimos meses ajudaram a juntar mais adeptos ao movimento.

Tenho certeza que essa é uma causa justa que deve ser debatida a discussão levadas as escolas, movimentos sociais, partidos políticos e chegar com toda força no senado, para que as leis sejam mais rígidas e que se tenha mais política publicas para acolher animais com vítimas de maus tratos e abandono, além de leis mais rígidas para animais silvestres.

Mas as coisas não são fáceis e o como diria minha mãe e avó “ O buraco é muito mais embaixo do que se pensa”, para quem não entende a expressão significa que tem muita coisa que não se mostra, principalmente na mídia e por hora pode deixar de ser discutido, mas que sem duvida alguma é um dos maiores problemas que existem em relação ao assunto, é também o que difere os grupos de madames que num tem o que fazer dos verdadeiros ativistas do movimento a favor do animais.

O Brasil é um dos maiores importadores de carne bovina do mundo, um grande consumidor de carne de porco e de frango, é com muita vergonha do meu “País abençoado por Deus” que digo que é uma das maiores referencias de um “esporte” chamado rodeio, tendo várias cidades que participam do circuito internacional  da “festa”.

Não sou contra comer carne, e nada contra os shows sertanejos e axés que acontecem nos rodeios, com certeza devem ser muito divertidos.  Mas vamos parar pra pensar!! Uma pessoa louca  que matou um cachorrinho agente trata, prende faz alguma coisa com ela, e com os outros que fazem coisas parecidas como enterrar o cão vivo (outro caso deplorável). Mas os verdadeiros inimigos dos animais são os grandes empresários e suas sujas e nojentas corporações capitalistas, que visam o lucro a qualquer custo, além dos produtores  latifundiários que fazem animais nascerem para que morram de forma brutal, e ainda tem latifundiários que plantam, mas que pra isso devastam áreas enormes de florestas deixando muitos animais sem casa e mortos pelas maquinas e queimadas.

Não me adianta falar que está revoltado com o a enfermeira e comprar o ingresso pro show do Jorge e Matheus no próximo rodeio, lugar onde maltratam os touros que não ficam pulando porque gostam disso e sim porque estão sendo expostos a situações stress extremo,  passando por flagelações, isso mesmo apanhando muito. Até eu se amarrarem um laço no meu saco e puxar eu saio pulando bem mais que um touro,  para você que vai apenas por causa do show, dane-se, o dinheiro vai para as mesmas pessoas, e vão continuar maltratando.

Sim eu como carne, pode ser hipócrita meu texto por esse motivo, mas acho que temos que lutar para que seja feita uma reforma agrária pois os pequenos agricultores diferentes dos latifundiários podem ter muito mais respeito pelos animais, criarem da forma correta, e seu lucro ser uma margem muito menor não sendo necessário a produção em massa com rações, não precisamos suprir a exportação. As festas podem continuar acontecendo, mas por que não só o show? Já que ninguém vai por causa da montaria.

Espero que os movimentos que estão acontecendo não parem com esse marcha e que sejam muito forte e críticos contra essa sociedade capitalista de lucro a qualquer custo de festas que não precisam acontecer.

Ou seja, os movimentos devem ser bem diferentes do que aquele que a TV esta mostrando. Uma última coisa que ia me esquecendo, passou nos telejornais pessoas revoltadas atrás da “assassina” que matou um cachorro, mas não passou ninguém chamando de assassino os donos de frigoríficos os donos das festas.
Vamos rever os caminhos das manifestações, sei que tem muita gente séria nisso e essa imprensa burguesa corrompida não mostra.

E ambos são muito ruins.

Vamos lembrar também que tem animais sem casa, assim como tem gente como no último “post”, e em pinheirinhos tem muitos cães sendo abandonados. Ou seja o problema esta enraizado na sociedade de consumo e de descaso com qualquer ser vivo que tenha menos dinheiro e influência.

Obrigado Otávio pela oportunidade de escrever no Blog espero que as pessoas gostem do meu texto. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Da Batata a...(parte III) aos 3 Poderes!

Fiquei feliz pelo alto índice de aceitação da última postagem =D
Então resolvi escrever hoje mesmo, para dar continuidade ao blog.

Agradeço aos não tão escassos leitores, e aos novos contribuintes. Agradeço os comentários valiosos, e ao incentivo que me deram =D

Hoje vou continuar falando de... BATATA (prometo que isso está acabando, mas eu precisava de um gancho para puxar assunto). E vai ser uma postagem longa.

Vamos conversar sobre a composição da batata, hoje.
Começando pela tabelinha nutricional (batata de 150g)
                                   Quantidade        %VD (Valor diário de referência, dieta de 2000kcal)
Energia                    150 kcal              7,5
Proteínas                  3,7 g                   5
Lipídios (gordura)    0 g                      0
Carboidratos            23 g                    7,6
Fibras                       27 g                    108
Sódio                         5 mg                   <1

    Além de ter uma alta quantidade de potássio, que auxilia na elasticidade das veias e evita cãibras e problemas cardíacos.

    Sobre a batata em si, é uma das culturas que apresenta maior valor energético por hectare, ou seja, é uma das culturas que tem maior rendimento para consumo humano, apresentando alta produtividade e um alimento que fornece grande quantidade de calorias.

Para entendermos melhor, vamos separar os constituintes da batata em três grupos: construtores, energéticos e reguladores. Os três são importantes para o bom funcionamento do nosso organismo.

    Os construtores são, basicamente, os aminoácidos e proteínas (polímeros de aminoácidos). Eles formam as células musculares, estruturas da célula como as organelas, além do sangue, como plaquetas.
    Os energéticos, carboidratos e lipídeos (ou gorduras), são responsáveis por nos ceder energia (ok, os nomes são auto-explicativos). Carboidratos são açúcares (começando por glicose; uma molécula de glicose + 1 de frutose vira açúcar comum, a sacarose) ou amidos (polímeros de glicose; milhares de unidades de glicose unidas formam amidos - e de acordo com o modo que se agrupam, formam amidos diferentes). E há as gorduras, que são moléculas maiores e mais complexas. Carboidratos fornecem 4 quilocalorias por grama, enquanto as gorduras, 9 kcal.
    Os reguladores cumprem as demais funções: regular pressão, entrada e saída de minerais, controle da água no corpo, sistema excretor. São as vitaminas, sais minerais (como potássio) e as fibras. O potássio, como dito acima, ajuda no controle da pressão e evita cãibras, e as fibras ajudam na formação do bolo fecal, ajudando as fezes serem excretadas. Batata ainda contém vitamina C na casca, o ácido ascórbico, um antioxidante e responsável por ajudar na elaboração do nosso sistema imunológico.


E... Onde quero chegar?
Bem, como os alimentos (e a batata), nosso país também tem 3 áreas, chamadas de Três Poderes.
São eles: Legislativo, Executivo e Judiciário.

Abaixo vou tentar explicar no que consiste cada um, e a função de cada ser que a gente elege ou não, para podermos entender melhor. Eu mesmo não sei explicar o que um Deputado federal ou estadual faz!!! Espero que depois da leitura, fiquemos todos esclarecidos! :D


Começando pelo Poder Executivo:

O poder executivo tem 3 esferas: federal (representada pelo Presidente da República, no nosso país, e seu vice-presidente; e os ministros - saúde, educação, casa civil, etc), estadual (governador e vice, e os secretários - saúde, educação, etc.) e municipal (prefeito e vice, bem como secretários - esporte, lazer e cultura, educação, saúde, etc.).

Nós elegemos separadamente eles, sendo ora a esfera municipal, com as eleições para prefeito, que acontecerão este ano, ora o estadual junto ao federal.

Elegemos apenas Presidente/vice, Governador/vice, Prefeito/vice, tendo seus ministros e secretários escolhidos por eles, após eleitos. Os ministros e secretários podem ser contratados e demitidos a bel-prazer da autoridade executiva da esfera, e são responsáveis por cuidar de suas respectivas áreas.

As funções dos membros do poder executivo são:

  • Direção da administração superior;
  • Participar da elaboração das leis, vetar projetos que não forem coerentes ou possíveis, sancionar as leis (dizer que são válidas) bem como sua publicação e regulamentação;
  • Seleção e gestão dos ministros ou secretários;
  • Celebrar tratados internacionais, declarar guerra e paz;
  • Comando supremo das forças armadas;
  • Decretar estado de sítio;
  • Decretar e executar intervenções federais em território nacional.
E cada ministro ou secretário tem funções administrativas superiores em suas áreas; seus assessores são seus ajudantes para estas funções. Podem fazer tratados com iniciativa privada e determinar políticas públicas para administração de suas áreas.



Poder Legislativo:

O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional (o famigerado).
Também é separado em 3 esferas, a federal (composta pelos Senadores e Deputados Federais), a estadual (com os Deputados Estaduais) e a municipal (Vereadores).
Neste caso, todos são eleitos por nós.
Vereadores são eleitos junto com Prefeito e deputados são eleitos com governador e presidente. Os senadores são eleitos de 8 em 8 anos, mas a votação acontece de 4 em 4 anos, onde revezam na troca 1/3 e 2/3 do total de senadores.

E o que eles fazem?
Senadores e deputados federais:
  • Aprovam declarações de guerra/paz e de estado de sítio
  • Autorizam presidente e vice a se ausentar do país por mais de 15 dias
  • Fiscalizar atos do Poder Executivo
Os Deputados Estaduais e Vereadores representam a mesma função a nível Estadual e Municipal, respectivamente.

O Poder Legislativo também é responsável pela criação de leis, alteração das antigas, ou sancionar decretos de leis, que não precisam da aprovação do Executivo. O Congresso, bem como Câmara dos Deputados, e Câmara dos Vereadores, portanto, são responsáveis pelas leis, sua criação, manutenção e alteração. 
Daí saem projetos que podem ser parcerias com iniciativa privada, ou projetos para construção disso ou aquilo, aumento de verba para esta ou aquela função. E verificam a constitucionalidade das leis.
E nós os escolhemos diretamente. A todos.
Não vou comentar sobre o sistema de votação, mas se tiverem dúvida, coloco em outra postagem.


Poder Judiciário:
  • Supremo Tribunal Federal
  • Conselho Nacional de Justiça (sem função jurisdicional, apenas funções administrativas)
  • Superior Tribunal de Justiça
  • Superior Tribunal Militar
  • Tribunal Superior do Trabalho
  • Tribunal Superior Eleitoral
  • Tribunais Regionais Federais e juízes federais
  • Tribunais e juízes do Trabalho
  • Tribunais e juízes eleitorais
  • Tribunais e juízes militares
  • Tribunais e juízes dos estados, do Distrito Federal e dos territórios.

São os juízes. Seguem carreira pública e ingressam via concurso público. Responsáveis por julgar cada área as quais são designados, e o título é auto-explicativo.

Não temos contato direto com estes, já que o meio de seleção deles não nos tange, mas devemos prestar atenção neles, pois são alvo das maiores críticas de corrupção, e só há um modo de provar isso: filmar as coisas que eles fazem erradas, tipo aceitar propinas. E isso é difícil para nós. É o último poder com o qual vamos mexer.




Agora, explicadinho?

Já sabemos como lutar. Onde devemos prestar atenção.

Aposto que 95% das pessoas não se lembra em quem votaram para o poder Legislativo nas últimas eleições. Espero que lembrem. E espero que todos fiquemos de olhos abertos, vigiando cada indivíduo possível.

Lembrando que eles são nossos representantes, logo, é o caráter do nosso povo.

Estou de olho! E espero que vocês também.